Alckmin rejeita retaliação a tarifas e defende buscar diálogo com Trump
"O caminho não é olho por olho", disse o vice-presidente
247 - O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira (13) que o Brasil não adotará medidas de retaliação em resposta às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio. Em vez disso, ele defendeu a ampliação do diálogo com o governo do presidente Donald Trump, que rejeitou os apelos feitos pelo próprio Alckmin para o adiamento dessas medidas.
"Entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho vai ficar todo mundo cego. O caminho é ganha-ganha. Reciprocidade e buscar o diálogo", disse Alckmin a jornalistas, de acordo com O Globo.
Alckmin também criticou as tarifas impostas por Trump, classificando-as como uma medida "equivocada", e destacou que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil. "Não foi contra o Brasil, vou uma medida geral, para todos, não foi específica. Nós entendemos equivocada, porque o Brasil não é problema na questão comercial dos Estados Unidos, que têm superávit comercial com o Brasil", acrescentou.
Nesta quarta-feira entrou em vigor um aumento das tarifas, para 25%, sobre todas as importações de aço e alumínio dos EUA, depois que expiraram isenções anteriores, cotas isentas de impostos e exclusões de produtos. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.
Novas tarifas, sobre outros setores, devem ser anunciadas em 2 de abril, e o Brasil foi inclusive citado especificamente em dois produtos, etanol e madeira por fontes ouvidas pela agência Reuters.
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