“A inflação de alimentos é mundial”, diz Fávaro, que aposta em supersafra para preços cederem

247 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reconheceu nesta quinta-feira (7), em entrevista à GloboNews, que a inflação dos alimentos preocupa o governo brasileiro, mas destacou que se trata de um fenômeno global. 

Fávaro afirmou confiar que a chegada de uma supersafra será suficiente para aliviar os preços. “A inflação de alimentos é uma questão mundial. Todos os países estão sofrendo muito”, afirmou. “Com uma supersafra chegando agora, confiamos que os preços vão ceder.”

Ele esclareceu que o governo não deverá realizar intervenções artificiais nos preços nem adotar medidas extraordinárias. “Não vamos precisar de soluções heterodoxas ou pirotécnicas”, garantiu o ministro, enfatizando sua confiança nas medidas já implementadas, como a isenção de impostos de importação sobre nove itens da cesta básica.

Também afirmou que o governo do presidente Lula evitará adotar medidas "heterodoxas", em resposta às que vêm sendo realizadas por países como os Estados Unidos. No entanto, ressaltou que o governo estará atento e pronto para reagir a possíveis flutuações, a fim de proteger setores e produtos estratégicos da economia nacional.

Além disso, Fávaro reforçou que o governo federal pretende dialogar com os governadores que ainda aplicam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos essenciais. A intenção é que sigam o exemplo federal e suspendam as cobranças para contribuir com a redução dos preços ao consumidor final. “Haverá um chamamento. Tenho certeza de que os governadores que ainda cobram terão sensibilidade”, afirmou.

O ministro ressaltou também que o governo acompanha atentamente a oscilação dos preços e trabalha para ampliar a oferta de alimentos através do incentivo à produção agrícola e das políticas de mercado já existentes. A expectativa do governo é que o aumento significativo na produção agrícola deste ano alivie as pressões inflacionárias, proporcionando alívio ao bolso do consumidor brasileiro nos próximos meses.