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      Cem anos de solidão, na Netflix, tem como pano de fundo a Guerra dos Mil Dias, que mudou a história da Colômbia e do Panamá

      A adaptação da obra de Gabriel García Márquez é magistral e retrata, além da história da família Buendía, a guerra civil que devastou a Colômbia

      Aureliano Buendía, na série Cem Anos de Solidão (Foto: Divulgação)
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      247 – A adaptação do clássico romance "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez, pela Netflix tem arrebatado fãs e críticos em várias partes do mundo. A série, que tem recebido fartos elogios, explora de maneira magistral a história da família Buendía, assim como eventos históricos da América Latina, destacando a Guerra dos Mil Dias que devastou a Colômbia e fez com que o país perdesse o controle do Panamá, país que voltou a frequentar o noticiário em razão dos desejos de Donald Trump de retomar o controle do canal.

      A série acompanha a saga multigeracional da família Buendía, liderada por José Arcadio Buendía e sua esposa Úrsula Iguarán, que fundam a utópica cidade de Macondo. Isolados e enfrentando constantes desafios, os Buendía simbolizam a luta da América Latina contra influências externas e internas que ameaçam sua soberania e identidade.

      A Guerra dos Mil Dias (1899-1902), retratada no pano de fundo da série, foi um conflito devastador para a Colômbia, resultando na perda do Panamá, que foi estrategicamente apoiado pelos Estados Unidos para a construção do canal interoceânico. Este contexto histórico ganha nova relevância diante das recentes declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou planos para retomar o controle do Canal do Panamá em seu segundo mandato, que se inicia no dia 20 de janeiro.

      O Canal do Panamá, entregue ao controle panamenho em 1999 após décadas de istração norte-americana, representa um símbolo de soberania nacional para o Panamá. A proposta de Trump de “reavaliar” o controle do canal, citando interesses de segurança e competitividade econômica, remete às práticas imperialistas do início do século XX, temas que García Márquez aborda de forma indireta em seu romance.

      Na série, a figura do Coronel Aureliano Buendía, líder de revoluções liberais, representa os fracassos dos projetos políticos latino-americanos frente às pressões externas e internas. Esse paralelo reflete a atual tentativa dos Estados Unidos de reafirmar sua influência na região, num momento em que a América Latina busca fortalecer sua autonomia e integração regional.

      A adaptação de "Cem Anos de Solidão" na Netflix não apenas celebra o legado literário de Gabriel García Márquez, mas também oferece uma reflexão profunda sobre os desafios contemporâneos da América Latina. Com sua combinação de realismo fantástico, história, política e poesia, a série convida o público a ponderar sobre como ado e presente se entrelaçam, especialmente em um contexto global onde questões de soberania e poder continuam a moldar o destino da região.

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