Seminários sobre mudanças climáticas percorrem 21 cidades com foco em educação ambiental e agroecologia
Iniciativa da Itaipu Binacional promove encontros gratuitos sobre clima, com apoio à agricultura familiar e participação de mais de 4 mil pessoas
247 - Uma série de seminários promovida pela Itaipu Binacional e pela Itaipu Parquetec tem levado debates sobre mudanças climáticas e sustentabilidade a milhares de pessoas no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Intitulado “Mudanças Climáticas e COP30”, o ciclo de encontros já ou por 14 cidades e, até o início de junho, terá visitado 21 municípios em toda a área de atuação prioritária da usina, envolvendo diretamente mais de 4 mil participantes.
As atividades integram o Convênio de Governança Participativa para a Sustentabilidade, executado pelo programa Itaipu Mais que Energia, e estão alinhadas às diretrizes do Governo Federal para o enfrentamento da crise climática. Além das palestras e debates, os seminários destacam práticas sustentáveis no cotidiano, como a valorização da agricultura familiar e da produção agroecológica.
Um dos destaques dos eventos é a participação do biólogo e divulgador científico Atila Iamarino, que contribui com apresentações voltadas à compreensão dos impactos concretos das mudanças climáticas e seus reflexos em diversas regiões do país. Sua presença tem atraído públicos variados e ampliado o alcance das mensagens ambientais com base em evidências científicas.
Nesta semana, os eventos chegam à Região Norte do Paraná, com programação em Santo Antônio da Platina (27/5), Londrina (28/5), Cornélio Procópio (29/5) e Apucarana (30/5). Na semana seguinte, os últimos encontros ocorrerão em Campo Mourão (3/6), Pato Branco (4/6) e Assis Chateaubriand (5/6), encerrando a série de 21 seminários voltados à educação ambiental.
Mais do que rear informações sobre a crise climática, os encontros buscam provocar reflexão e ação coletiva. Por isso, parte da alimentação servida aos participantes é fornecida por cooperativas, assentamentos e associações de produtores locais. A proposta é fortalecer a agricultura familiar como eixo estratégico de soberania alimentar, justiça social e preservação do meio ambiente.
“A participação da agricultura familiar nesses seminários é uma decisão estratégica e simbólica. Ao valorizar os pequenos produtores e práticas agroecológicas, reafirmamos o compromisso do Governo Federal com a soberania alimentar, a justiça social e a preservação ambiental”, afirmou Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu Binacional.
Em Laranjeiras do Sul, o agricultor Sadiel Gomes de Amorim, do Assentamento 8 de Junho, forneceu o café da manhã de um dos encontros. “Para nós, é muito importante essa valorização que a Itaipu tem dado. Isso garante que a agricultura familiar seja reconhecida, valoriza o nosso trabalho e potencializa o aumento da produção. E, consequentemente, é motivo de orgulho”, destacou.
Os seminários também dialogam com iniciativas locais de sustentabilidade. Em Irati, por exemplo, o evento contou com uma feira agroecológica organizada pela professora Fernanda Keiko, da Unicentro, reunindo alimentos orgânicos e artesanato regional. “A agroecologia se apresenta como uma grande alternativa. É uma prática de justiça social e climática, em contraposição ao sistema agroalimentar das grandes corporações”, disse a docente.
Voltados a públicos diversos — incluindo educadores, estudantes, pescadores e gestores públicos —, os seminários trazem uma abordagem territorializada dos impactos climáticos, sempre com base em dados científicos e experiências locais.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em https://bit.ly/45gY2DF. A programação detalhada está disponível no perfil @nucleo.socioambiental.
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