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      Presidência da COP30 cria círculos de liderança para acelerar combate à crise climática

      Grupos vão atuar de forma paralela às negociações oficiais e ampliar o engajamento sobre finanças, governança, povos tradicionais e mobilização global

      O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30; Ana Toni, CEO da Conferência no Brasil; e os ministros Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas; e Fernando Haddad, da Fazenda vão liderar círculos para alavancar a alavancar temas-chave o futuro do combate à mudança do clima (Foto: Diogo Zacarias/MF)
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      247 - A preparação para a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), ganhou um novo impulso com o anúncio da criação de quatro círculos de liderança voltados à ação climática global. A iniciativa foi apresentada na sexta-feira, 11 de abril, pela Presidência da conferência, conforme divulgado em matéria da Agência Brasil. Os grupos têm como missão aprofundar o debate em temas estratégicos e mobilizar diversos setores da sociedade para além do período oficial do evento.

      Com foco em financiamento climático, povos e comunidades tradicionais e indígenas, governança climática e mobilização global, os círculos atuarão de forma independente e paralela às negociações multilaterais, contribuindo com propostas e reflexões que servirão de apoio à presidência brasileira da COP30. A medida reforça o papel do Brasil como articulador de um “mutirão global contra a mudança do clima” e busca acelerar a implementação do Acordo de Paris.

      Entre os destaques da proposta está o “Balanço Ético Global”, que será liderado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com apoio da Presidência da República, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do enviado especial da ONU para Ação Climática e Transição Justa. A iniciativa promoverá encontros em diferentes partes do mundo, incluindo regiões consideradas pontos de não retorno ambiental, reunindo líderes políticos, culturais, indígenas, empresariais e religiosos. As contribuições poderão ser expressas em múltiplas linguagens — como música, poesia, arte visual e documentos — e serão apresentadas durante a conferência em Belém.

      Outro grupo de peso será o “Círculo de Ministros de Finanças”, sob liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O foco será a construção do chamado Mapa do Caminho Baku-Belém, voltado à mobilização de US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para financiar ações climáticas em países em desenvolvimento. “O grupo reunirá ministros da área, especialistas, setor privado e sociedade civil, para consultas e discussões periódicas”, informa o comunicado oficial. O relatório final, em parceria com a Presidência da COP29, será apresentado durante a COP30.

      A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ficará à frente do “Círculo de Povos”, com o objetivo de garantir maior representatividade de indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais nas discussões climáticas. A proposta visa fortalecer o protagonismo desses grupos e assegurar que seus conhecimentos tradicionais sejam integrados às soluções ambientais. A iniciativa é complementar às instâncias já existentes de participação e marca uma ampliação do espaço para vozes historicamente marginalizadas.

      O quarto grupo anunciado é o “Círculo de Presidentes”, que reunirá ex-presidentes das conferências climáticas desde a COP21, realizada em 2015 em Paris. O ex-chanceler francês Laurent Fabius, que presidiu a COP21 e conduziu as negociações do Acordo de Paris, liderará esse círculo. O grupo atuará no fortalecimento da governança climática internacional e no estímulo à implementação dos compromissos firmados no histórico acordo global.

      Ao articular diferentes frentes e atores da sociedade, a estruturação dos círculos de liderança sinaliza que a COP30 será mais do que uma conferência: pretende ser um marco de ação concreta e construção coletiva em resposta à emergência climática.

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