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      Governo federal leva educação ambiental e sustentabilidade a escolas de Belém com apoio da Itaipu

      Convênio de R$ 40 milhões prevê coleta seletiva, biodigestores, oficinas e cursos voltados à COP30, com foco em engajamento social e legado duradouro

      Cidade de Belém (PA) (Foto: Setur/GOV PA)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Em preparação para a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), o governo federal, por meio da Itaipu Binacional, está investindo em ações de educação ambiental e infraestrutura com foco na sustentabilidade. As iniciativas fazem parte do Convênio 71, que destina cerca de R$ 40 milhões a projetos estruturantes e socioeducativos na capital paraense — o maior investimento da história da Itaipu fora de sua área de atuação prioritária.

      Entre as ações previstas estão a compra de um barco movido a hidrogênio, a reforma de Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs), a criação de um Centro de Inovação em Bioeconomia e, principalmente, o fortalecimento da educação ambiental. O objetivo é deixar um legado social significativo para a cidade-sede da conferência climática da ONU, integrando a população local ao processo de transformação ecológica.

      “Eu acredito que a educação ambiental faz esse papel de conscientizar as pessoas. De não apenas mobilizar, o que é extraordinário, mas de estabelecer o compromisso da transformação”, afirmou Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu, durante o lançamento do livro Os Caminhos da Educação Ambiental na Itaipu Binacional. Segundo ele, mais de um milhão de pessoas já foram beneficiadas diretamente por ações de saneamento promovidas pela empresa, em 37 bairros diferentes.

      A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, compartilha dessa visão. Ao participar de sessão especial no Senado que celebrou os 25 anos da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), ela destacou: “A educação ambiental tem vários papéis e nos ajuda também a pensar diferente em relação ao que queremos como país, como sociedade, como comunidade e como indivíduos”.

      O lançamento do programa Coleta Mais Belém, no último dia 26 de maio, foi um marco importante dentro do convênio. A iniciativa estrutura a coleta seletiva em parceria com quatro cooperativas locais, fortalecendo a atuação dos catadores e promovendo inclusão produtiva.

      Com foco na formação de professores e no engajamento da comunidade, o projeto prevê a realização de seminários voltados a cerca de mil docentes, além de cursos em modalidade EAD desenvolvidos em parceria com a Escola Internacional de Sustentabilidade da Itaipu. A primeira oficina do ciclo, ainda em 2023, contou com palestra de Ailton Krenak, primeiro indígena a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

      A ativista ambiental amazônida Ana Luiza de Araújo, uma das integrantes do projeto, reforça a urgência da conscientização climática. “A educação ambiental é uma forma lúdica e didática de trabalhar o que, às vezes, se acha estar muito distante da nossa realidade, como a mudança do clima. Mas a gente sabe que, diariamente, aqui em Belém, já estamos sentindo os efeitos dessas mudanças. Então, a educação ambiental é mostrar que a conscientização não é para depois, ela é para agora”.

      Também fazem parte do convênio a produção de materiais didáticos e a realização de oficinas sobre temas como hortas comunitárias, biojoias, fotografia da natureza, grafite, reaproveitamento de resíduos e jogos socioeducativos. Estão previstas, até a COP30, 68 apresentações teatrais com foco na reciclagem, a serem realizadas em feiras e associações comunitárias.

      Outro destaque do projeto é a instalação de 36 biodigestores em 32 escolas municipais, beneficiando cerca de 18 mil alunos da educação infantil ao 9º ano do ensino fundamental. O equipamento transforma resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante, promovendo economia de gás de cozinha e integração com os conteúdos pedagógicos das escolas.

      Desde 1987, com a criação do Ecomuseu, a Itaipu Binacional mantém a educação ambiental como um dos pilares de sua atuação socioambiental. Suas ações se alinham a referências globais como a Carta da Terra, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

      Com essas iniciativas, o governo federal e a Itaipu pretendem transformar Belém em um laboratório vivo de soluções sustentáveis, deixando um legado duradouro que vá além da infraestrutura física e que envolva, de fato, a comunidade no combate às mudanças climáticas.

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