Entrevista exclusiva com a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jennifer Mary Shipley
A Nova Zelândia foi o primeiro país desenvolvido a concluir as negociações de adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) com a China
CGTN – A ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jennifer Mary Shipley, concedeu uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China (CMG).
Jennifer Mary Shipley foi a premiê do país de 1997 a 1999, sendo também a primeira mulher a ocupar o cargo na história da Nova Zelândia. Nos últimos 30 anos, ela visitou a China mais de 100 vezes. Em março, ela voltou à China para participar da Conferência Anual 2025 do Fórum Boao para a Ásia. Segundo Shipley, pelo menos nos últimos dez anos, a Ásia foi o motor do crescimento econômico global. No futuro, a Ásia também será a região mais ativa na economia global. O Fórum Boao para a Ásia foi palco para discussões aprofundadas sobre como romper o ime com a cooperação, como revitalizar a Organização de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico, como promover a adesão da China ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica e outras iniciativas que podem realmente expandir o comércio regional e promover a prosperidade e o desenvolvimento regionais. Essas discussões são muito construtivas.
A Nova Zelândia foi o primeiro país desenvolvido a concluir as negociações de adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) com a China, o primeiro país desenvolvido a reconhecer o status pleno de economia de mercado da China e também o primeiro país desenvolvido a chegar a um acordo de livre comércio com o país asiático. Shipley disse que a Nova Zelândia sempre aderiu ao conceito de livre comércio. Quando a China se candidatou à OMC, acreditava que, como uma grande economia em rápido crescimento, a China, embora ainda enfrentasse muitos desafios na época, estaria melhor se aderisse ao sistema baseado em regras da OMC do que se isolasse. Aliás, as economias dos dois países são altamente complementares. A Nova Zelândia é rica em alimentos e espera que a China os importe. Por fim, um acordo abrangente de livre comércio foi alcançado. Shipley enfatizou que o acordo é de grande valor de referência para outros países interessados em acordos de livre comércio.

De acordo com Shipley, o desenvolvimento da China pode ser considerado um dos eventos mais marcantes dos tempos modernos. Ela lembrou do discurso do presidente Xi Jinping em 28 de março, no Grande Salão do Povo, durante uma reunião com representantes da comunidade empresarial internacional, o qual enviou mais uma vez um sinal claro de que a China está expandindo ainda mais sua abertura e está disposta a buscar desenvolvimento com o mundo. Tais declarações certamente atrairão investimento estrangeiro direto e deixarão os empresários confiantes no mercado chinês, como também cheios de expectativas em relação aos mercados dos países vizinhos e às economias que participam da construção conjunta do Cinturão e Rota.
Falando sobre a Iniciativa Global de Desenvolvimento, Shipley disse que a China compartilha sua própria experiência e conhecimento por meio da iniciativa. Nenhum país se compara à China em desenvolvimento social e desenvolvimento sustentável. A sabedoria e as soluções da China devem ser valorizadas, pois comprovaram que, se esses conceitos forem aplicados, é possível ajudar as pessoas a erradicar a pobreza por meio de soluções sistemáticas, como educação, apoio ao emprego e melhoria das condições de moradia e do bem-estar social. Essas propostas práticas certamente desempenharão um papel positivo na construção do futuro.
Ao falar de Xi Jinping, Shipley disse que a visão estratégica do líder chinês não só beneficiou o povo chinês, como também aproximou o mercado global e as pessoas de todos os países. A Iniciativa Cinturão e Rota é visionária. Ela acredita que essa visão de conectar todos os continentes seja uma das grandes contribuições de Xi Jinping. Além disso, disse que o planejamento e a construção de infraestrutura da China são muito prospectivos. Poucos países no mundo possuem tamanha força econômica e capacidade de engenharia, muito menos a liderança e a determinação estratégica tão fortes que permitem concentrar forças em tarefas importantes. A ex-premiê neozelandesa concluiu que com uma série de iniciativas visionárias propostas pelo presidente Xi Jinping, a China se tornará líder mundial, em vez de ser uma seguidora.
Fonte: CMG
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