Wellington Dias rebate críticas e diz que nova regra do Bolsa Família não tem relação com ajuste fiscal
Ministro afirma que redução no prazo de permanência de famílias com aumento de renda visa estimular inclusão produtiva e combate à pobreza
247 - Em visita ao Recife nesta sexta-feira (16), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), defendeu a recente mudança nas regras do Bolsa Família para famílias cuja renda ultraa o limite de R$ 218 mensais por pessoa, informa o g1.
A nova diretriz, publicada em portaria no Diário Oficial da União na quinta-feira (15), reduz de dois anos para um o prazo de permanência no programa para novos beneficiários que venham a registrar aumento de renda familiar. A medida a a valer a partir de junho e, segundo o ministro, não tem qualquer relação com cortes de gastos do governo. “Nada a ver com ajuste fiscal”, afirmou Dias. “Nós queremos que o Brasil tenha superação da pobreza. A economia [de recursos] é parte, é resultado, porque a superação da pobreza leva a isso. O social agora trabalhamos como parte estratégica do econômico”.
Durante entrevista coletiva no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife, antes da cerimônia de lançamento do programa “Acredita no primeiro o”, o ministro argumentou que a medida deve ser compreendida como uma etapa de transição rumo à autonomia financeira dos beneficiários. “Cada pessoa que deixa de estar recebendo Bolsa Família e a a ser um cidadão incluído no econômico e tem uma renda, tem salário, fruto de um negócio, ele a a ser um consumidor, a a impulsionar a própria economia”, declarou.
Segundo Wellington Dias, cerca de 4 milhões de famílias se encontram atualmente nessa condição de transição. Ele explicou que o novo prazo de até 12 meses permite uma saída mais estruturada do programa social. “Quando evolui a renda, a renda cresce, outra pessoa vai trabalhar, a renda já cresceu, ali tem uma fase de proteção, de transição, que vai agora até 12 meses. [...] E, mesmo quando ultraa o limite que é R$ 706 per capita [...], ela sai do Bolsa Família, mas não perde o cadastro. Lá na frente, perdeu o emprego? No ado, entrava numa fila gigante. Agora não”, disse.
O ministro participou do lançamento da iniciativa “Acredita no primeiro o”, que oferece microcrédito a inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), com foco em famílias de baixa renda que recebem benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A iniciativa é executada em parceria com o Banco do Nordeste e foi lançada nacionalmente em julho do ano ado.
De acordo com Wellington Dias, desde então, o programa já atendeu 28 mil pessoas em Pernambuco e 5 mil no Recife. A maioria dos beneficiados, segundo ele, é composta por mulheres, que representam 70% do público atendido. “De um lado, a missão é tirar o Brasil do mapa da fome, mas também superar a pobreza e garantir dignidade para as pessoas”, concluiu o ministro.
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