Trump culpa Biden por retração do PIB e descarta impacto do tarifaço
Presidente atribui queda de 0,3% no PIB no 1º trimestre a "excesso" herdado de Biden e minimiza efeitos de sua política tarifária
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu a contração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 ao legado econômico de seu antecessor, Joe Biden. Em publicação na rede social Truth, Trump afirmou que o recuo "não tem nada a ver com tarifas" e pediu paciência à população, prometendo um futuro "boom" econômico.
"Isso vai levar um tempo, não tem nada a ver com tarifas, apenas que ele [Biden] nos deixou com números ruins, mas quando o boom começar, será como nenhum outro. Sejam pacientes!!!", escreveu o presidente. Ele também declarou: "Nosso país vai prosperar, mas precisamos nos livrar do 'excesso' de Biden".
A queda no PIB surpreendeu analistas que previam um crescimento de 0,4% para o período. O Departamento de Comércio dos EUA apontou que o aumento de 41,3% nas importações, impulsionado pela antecipação de compras antes da implementação das tarifas de Trump, foi um dos principais fatores para o desempenho negativo.
Apesar das justificativas de Trump, economistas alertam que as políticas tarifárias do governo têm gerado incertezas no mercado e contribuído para a desaceleração econômica. A confiança do consumidor atingiu o menor nível desde maio de 2020, e grandes empresas, como GM e Delta, suspenderam previsões financeiras devido à instabilidade.
Os mercados financeiros reagiram negativamente à divulgação dos dados. O índice Dow Jones caiu mais de 400 pontos, e o S&P 500 registrou queda de quase 8% desde o início do segundo mandato de Trump, marcando o pior início de presidência para as bolsas desde 1973.
Enquanto o presidente insiste que as tarifas trarão benefícios a longo prazo, especialistas permanecem céticos quanto à eficácia dessas medidas para impulsionar a economia. A continuidade das políticas protecionistas e a instabilidade nos mercados podem dificultar a recuperação econômica nos próximos trimestres.
(Com informações do InfoMoney)
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