Sindicalistas preparam manifestações contra os juros altos
Centrais sindicais realizarão atos por todo o país na próxima terça-feira
247 - Na próxima terça feira (18), a partir das 10h00, sindicalistas das principais centrais sindicais do país (CUT, CTB, CSB, Força Sindical, UGT e NTST) farão atos pelas ruas do país, pedindo a redução da taxa Selic - os juros oficiais do país definidos pelo Banco Central (BC), informa o site da CUT.
Os atos do “Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos”, serão realizados em frente às sedes do BC nas cidades em que a instituição financeira está instalada. O principal ato será em São Paulo, na Avenida Paulista. Nas demais cidades, as manifestações serão em locais de maior movimento.
O presidente da CUT Sergio Nobre ressalta a importância da participação, não somente da classe trabalhadora, mas da população em geral nos atos, porque os juros altos tiram recursos financeiros da produção e vão para a especulação.
“Nenhuma empresa, de nenhum porte, de grande a pequena, consegue um ganho real de 10%, como ganha quem investe em papéis que remuneram de acordo com a taxa Selic. Isso faz com que o dinheiro não vá para investimentos e para a construção de novas fábricas e empresas que gerem empregos e façam a economia crescer, o dinheiro circular e chegar às mãos do trabalhador”, afirma Sergio Nobre.
Além da redução da taxa Selic que hoje está em 13,25%, uma das mais altas do mundo, os atos convocados são um protesto à possibilidade de os juros subirem ainda mais, chegando a 15% até o final do ano
A data para os atos foi escolhida por ser à véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que deve definir a nova taxa de juros na próxima quarta-feira (19). A expectativa do mercado financeiro é que os juros aumentem 1,0%, subindo para 14,25%. Um novo aumento de 1,0% viria no mês de maio. O Copom se reúne a cada 45 dias.
Desde que o Banco Central se tornou independente, em fevereiro de 2021, com Jair Bolsonaro (PL), que a taxa de juros do país ou a ser utilizada como forma de pressionar o governo federal a manter suas contas dentro do arcabouço fiscal, impedindo investimentos e o crescimento de benefícios sociais.
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