Silveira fala em "espiral da morte" ao citar subsídios na energia, da autoprodução ao hidrogênio
Silveira defendeu que é preciso corrigir alocação injusta de custos
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira que o setor elétrico a atualmente por uma "espiral da morte", causada por distorções que oneram os pequenos consumidores, mas beneficiam grandes empresas.
Nesse cenário, Silveira defendeu que é preciso corrigir alocação injusta de custos que vão desde descontos para o que ele chamou de "autoprodutor oportunista" até subsídios para vários segmentos, da geração distribuída solar à produção de hidrogênio via etanol.
Em participação em evento em São Paulo, Silveira pediu que os lobbies do setor deixem de ser individuais e em a ser "coletivos", em prol da sustentabilidade do setor e do consumidor mais vulnerável.
"Eles (os lobbies) estão notando que o mesmo que está acontecendo com a Amazonas Energia (distribuidora de energia com dificuldades financeiras) vai acontecer com todo o setor elétrico, isso é inevitável, vai se chegar em um ponto de insustentabilidade. E aí, quem vai socorrer? De novo os brasileiros e brasileiras"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
Entre os subsídios que estão onerando os consumidores mais vulneráveis, Silveira citou incentivos à geração termelétrica a carvão, à geração distribuída solar -- sistemas de pequeno porte para produção própria de energia, como telhados e fachadas solares -- e à produção de hidrogênio por rota tecnológica do etanol.
Ele também mencionou os descontos à autoprodução de energia, modalidade em que grandes companhias eletrointensivas se tornam sócias de um projeto de geração de energia e, com isso, conseguem reduzir consideravelmente seus custos com o insumo, tendo isenção de pagamento de encargos e outros benefícios.
"Estou falando do desconto para o autoprodutor oportunista. Como a estrutura física da rede de energia, pode ser mais barata para um cidadão de classe alta, que mora em bairro nobre, com um enorme telhado cheio de placas solares, do que para um cidadão que mora em um barraco com pouco mais de 20 metros quadrados de telhado"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }