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      Rui Falcão vê cerco golpista contra Lula, que o impede de executar seu programa

      Ex-presidente do PT critica arcabouço fiscal, pressão do capital e defende mobilização social para fortalecer o governo Lula

      Porto Alegre/RS - O Presidente do PT, Rui Falc㯠em palestra sobre a Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise em mesa de convergꮣia durante o Frum Social Temᴩco (Marcelo Camargo/Agꮣia Brasil) (Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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      247 – Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente do PT e coordenador da campanha de Lula em 2022, Rui Falcão, afirmou que o programa de governo do presidente está sendo desvirtuado pela influência do capital financeiro e pelas limitações impostas pelo arcabouço fiscal, que chamou de "uma camisa de força". Segundo ele, essa é "a pior forma de golpe, porque não requer armas ou força militar".

      Rui destacou que, embora apoie o presidente Lula, acredita que o governo sofre um "duplo sequestro", exercido pelo parlamento e pelo grande capital financeiro, e alertou que "não podemos entregar nossa identidade e nosso projeto". Ele enfatizou a necessidade de mobilização social para enfrentar essas forças e fortalecer o projeto de transformação do país: "O presidente Lula é o único líder possível para mobilizar e educar a sociedade em defesa do projeto que foi apresentado ao povo".

      Críticas à política econômica e ao arcabouço fiscal

      A política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foi alvo de críticas. Falcão questionou a comparação feita por autoridades entre a economia nacional e a doméstica, como na declaração de Lula sobre negar R$ 5 a um filho para pagar outras contas. Para ele, essa abordagem desconsidera as dificuldades enfrentadas pelos mais pobres e reduz a ambição do programa de governo.

      "O novo teto de gastos, conhecido como arcabouço fiscal, nos meteu numa camisa de força, uma espécie de corda no próprio pescoço. É urgente darmos outro sentido à atual política econômica, marcadamente austera e contracionista", afirmou. Rui também lamentou a demora na implementação de medidas como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, promessa de campanha de Lula.

      Defesa de um projeto antissistema

      Rui defendeu que o PT retome sua vocação histórica e apresente um projeto "antissistema e civilizatório", capaz de enfrentar a pressão do mercado e a extrema-direita. "Nosso projeto não pode ser só reeleger o Lula em 2026. Precisamos apontar um rumo que se contraponha ao próprio sistema", disse.

      Ele sugeriu ainda a criação de uma nova Assembleia Constituinte para superar os vícios da estrutura política atual. "Sem eleitoralismo, sem farra de emendas, sem bloqueio do grande capital que não permite que o país avance", destacou.

      Comunicação e popularidade do governo

      O ex-presidente do PT reconheceu avanços do governo, como a redução do desemprego e da fome, mas apontou falhas na comunicação e na construção de uma marca clara para a gestão. Ele elogiou a chegada de Sidônio Palmeira ao Ministério da Comunicação, mas ressaltou que os desafios vão além das trocas ministeriais: "O problema é a comunicação do conjunto. Precisamos conectar mais as realizações do governo com a vida real da população".

      Rui também criticou o que chamou de "etarismo" promovido por setores da direita e da mídia, que comparam Lula a líderes como Joe Biden, para questionar sua capacidade de liderar o Brasil em um eventual novo mandato. "Lula está com toda a disposição de liderar a nossa futura campanha", garantiu.

      Por fim, Rui alertou para os riscos de esvaziamento do PT e defendeu maior presença do partido nos territórios e no cotidiano da população. "Não há espaço vazio na política. Ou você ocupa o território ou perde a eleição e o seu projeto se dilui", concluiu.

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