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      Representante da embaixada do Zimbábue é acusada de abusos e pode ter forjado desaparecimento de funcionária

      Mulher que ocupa posto diplomático em Brasília é investigada por assédio, maus-tratos e falsa comunicação de crime; vítima tentou suicídio

      Zimbabué Bandeira (Foto: Reprodução)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Uma representante da Embaixada do Zimbábue no Brasil, com cargo de ministra conselheira, está no centro de uma grave denúncia envolvendo assédio moral, abusos físicos e emocionais, restrição de liberdade e más condições de trabalho impostas a uma funcionária estrangeira. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles, que teve o ao processo que corre na Justiça do Distrito Federal.

      Segundo a reportagem, a funcionária — que chegou ao Brasil há cerca de três anos — foi inicialmente contratada como cozinheira, mas acabou sendo submetida a diversas funções íntimas e humilhantes, como massagens nos seios da chefe e auxílio em banhos. Além disso, teve documentos retidos, sofreu controle de alimentação e chegou a ser impedida de procurar atendimento médico mesmo quando adoeceu.

      Diante das situações degradantes, a jovem tentou tirar a própria vida no dia 9 de abril ao ingerir veneno. Em estado grave, vomitou e foi socorrida por um motorista de aplicativo, que a levou ao hospital. Ela sobreviveu após ser medicada.

      Falsa comunicação de crime

      Em um desdobramento perturbador, a ministra conselheira denunciada compareceu à delegacia e registrou o desaparecimento da funcionária mesmo sabendo onde ela estava. A vítima acredita que a diplomata forjou o boletim de ocorrência para ocultar os abusos cometidos dentro da residência oficial no Lago Sul, onde morava com a chefe.

      No mesmo período, a funcionária relatou que teve o aporte, carteira de identidade, cartão de febre amarela e outros documentos pessoais retidos pela representante diplomática, o que configura mais uma violação grave dos direitos humanos.

      Decisão judicial

      O 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília acolheu o pedido de medida protetiva feito pela vítima. A juíza responsável determinou que a diplomata mantenha distância mínima de 300 metros da denunciante e não estabeleça nenhum tipo de contato — seja presencial ou virtual. Caso descumpra as ordens judiciais, ela poderá ser presa preventivamente.

      O caso está sendo investigado e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) já foi acionado para acompanhar as apurações.

      Massagens íntimas e controle alimentar

      O relato da vítima é chocante. Ela contou que foi contratada para cozinhar e limpar a casa do embaixador, mas, com o tempo, ou a atender à ministra conselheira, que exigia cuidados pessoais íntimos. Inicialmente, as massagens eram nas pernas, mas com o tempo aram a envolver as costas, os seios e até a região íntima da diplomata, sob o argumento de que ela possuía feridas.

      Além disso, a funcionária afirmou que havia rigoroso controle sobre os alimentos consumidos. Em um episódio emblemático, foi repreendida aos gritos por pegar um pedaço de pão. Também relatou que em uma das noites, por não ter autorização para entrar em casa, dormiu nas escadas do jardim, aguardando o amanhecer.

      Ela contou ainda que, embora não ficasse trancada, era frequentemente impedida de sair livremente. Em três ocasiões em que ficou gravemente doente, não teve permissão para procurar socorro médico, só conseguindo atendimento graças à ajuda de outras pessoas ligadas à embaixada.

      Tentativa de suicídio

      O ápice do sofrimento ocorreu em abril deste ano, quando a jovem tentou tirar a própria vida. Segundo o relato, ela não aguentava mais as agressões psicológicas, os constrangimentos constantes e as exigências absurdas por parte da representante diplomática.

      A ministra conselheira também era descrita como uma pessoa controladora, que ligava insistentemente para a vítima a qualquer hora do dia ou da noite, exigindo disponibilidade total.

      Repercussão

      O portal Metrópoles procurou a Embaixada do Zimbábue para ouvir a versão da representante acusada, mas, até a publicação da matéria, não houve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

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