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      Provas colhidas pela PF são mais fortes que a delação de Mauro Cid, dizem investigadores

      Defesa dos acusados por tentativa de golpe tentam desqualificar e anular a delação de Cid

      Polícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

      247 - Investigadores da Polícia Federal (PF) afirmaram que as provas colhidas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado são mais contundentes do que a própria delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorre após tentativas da defesa dos investigados de anular o acordo de colaboração, sob a alegação de contradições nos depoimentos prestados por Cid.

      A ofensiva jurídica foi rejeitada de forma unânime pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Luiz Fux manteve em aberto a possibilidade de discutir o tema novamente durante a fase de ação penal, considerando as “idas e vindas” de Cid ao longo do processo.

      De acordo com os investigadores ouvidos por Valdo Cruz, do g1, a insistência dos advogados em desqualificar o acordo de colaboração não é casual. Para a PF, trata-se de uma estratégia para tentar desconsiderar "todo o conjunto probatório para tentar focar exclusivamente na delação”. Os agentes da corporação enfatizam que, ao contrário do que alega a defesa de Bolsonaro, Mauro Cid não apenas confirmou teses da investigação como também foi compelido a abordar pontos ainda não revelados por ele até então.

      A delação do militar foi marcada por controvérsias. Em determinado momento, ele quase perdeu os benefícios da colaboração ao ser acusado de omitir informações cruciais, como o possível envolvimento do general Walter Braga Netto nos planos de ruptura institucional.

      Nesta quarta-feira (26), o STF retoma o julgamento que decidirá se os oito investigados no chamado "núcleo duro" do plano golpista se tornarão réus. A expectativa entre os próprios advogados é de que os ministros confirmem a denúncia por unanimidade e abram ação penal contra os acusados.

      Na sessão de terça-feira (25), o Supremo já havia rejeitado todos os recursos das defesas, que buscavam anular a delação, transferir o caso para outra turma da Corte e alegar cerceamento. A votação sobre o recebimento da denúncia foi então adiada para o dia seguinte.

      Jair Bolsonaro esteve presente à sessão da Primeira Turma do STF, numa tentativa de marcar posição política e acenar aos seus apoiadores. Contudo, acabou sendo alvo direto das falas do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe.

      Em resposta à retórica bolsonarista, Moraes afirmou categoricamente que é falsa a ideia de que “velhinhas com a Bíblia na mão” estejam sendo injustamente condenadas. Para reforçar sua posição, o ministro exibiu no telão da Corte um balanço com dados das condenações já proferidas.

      Segundo Moraes, até o momento, 497 pessoas foram condenadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Dessas, 240 receberam penas de um ano de prisão. Outras 102 foram condenadas a 14 anos, 58 a 16 anos e 6 meses, e 44 a penas iguais ou superiores a 17 anos.

      Ele também apresentou um perfil dos condenados: apenas sete têm mais de 70 anos, e 91% estão na faixa etária de até 59 anos. Entre os 60 e 69 anos, estão 36,7% dos sentenciados; entre 70 e 75 anos, apenas 7,2%. Do total, 32% são mulheres e 68%, homens.

      A projeção dos dados foi uma forma de desmontar, com números, a narrativa que tenta minimizar a gravidade dos atos antidemocráticos, muitos dos quais promovidos ou incentivados por figuras públicas que agora enfrentam a Justiça.

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