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      Policiais presos fizeram festa após prisão de Gritzbach: “cana de bilhões”

      Entre os alvos da operação estão os delegados Fábio Baena e Eduardo Monteiro, além de outros agentes, como o investigador Marcelo Marques de Souza

      (Foto: Reprodução)

      247 - Uma complexa teia de corrupção envolvendo agentes públicos e o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi desvendada pela Operação Tacitus, deflagrada na terça-feira (17). Segundo informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), publicadas pelo Metrópoles, os envolvidos utilizavam sua posição para extorquir propinas milionárias e facilitar atividades ilícitas da facção criminosa, incluindo lavagem de dinheiro e ocultação de capitais.

      Entre os alvos da operação estão os delegados Fábio Baena e Eduardo Monteiro, além de outros agentes, como o investigador Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom. Eles foram presos sob acusação de ligação com a morte do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, delator-chave do esquema, que foi executado em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

      O crime e a reação dos agentes

      Gritzbach era investigado como mandante do assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, ambos integrantes do PCC. Em sua delação premiada, Gritzbach revelou que, após sua prisão em fevereiro de 2022, presenciou os policiais comemorando o que chamaram de “cana de bilhões”. Segundo ele, Baena e Monteiro teriam solicitado propinas de até R$ 40 milhões para excluí-lo do inquérito, mas, diante da recusa, aram a confiscar seus bens de luxo.

      Os depoimentos do corretor também incluem um vídeo anexado ao processo, no qual Baena aparece pedindo desculpas a Gritzbach. Em um áudio entregue ao Gaeco, o delegado diz: “Eu não vou [te] esquecer nunca mais, porque pra mim, quando você entrou aqui, foi a salvação da minha família, de verdade”.

      Prisões e investigações

      A prisão dos delegados ocorreu em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Gaeco, que cumpriu oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em cidades do estado de São Paulo. Outros dois policiais civis, já detidos desde setembro por envolvimento em outra ação criminosa, também integram o grupo. O policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, teve a prisão decretada, mas permanece foragido.

      A corregedora-geral da Polícia Civil, tia de Eduardo Monteiro, pediu afastamento na última sexta-feira (20/12), após o escândalo vir à tona. De acordo com o MPSP, os suspeitos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e iva e lavagem de dinheiro, cujas penas podem somar até 30 anos de prisão.

      Defesa e repercussão

      Os advogados de Baena e Monteiro classificaram as prisões como “arbitrárias e midiáticas”, e criticaram a credibilidade de Gritzbach: “A palavra pueril de um mitômano, sem qualquer elemento novo de prova, não poderia jamais motivar medida tão excepcional”.

      A operação também expôs os vínculos de longa data entre policiais e a facção criminosa. Conforme documentos obtidos pelo Metrópoles, os antecedentes de Fábio Baena indicam um histórico de corrupção envolvendo propinas milionárias e favorecimentos ilegais.

      Com as investigações em andamento, a Operação Tacitus revelou mais uma vez a profundidade do envolvimento de agentes públicos em esquemas ilícitos que fortalecem organizações criminosas no Brasil.

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