Paulo Guedes e mais quatro ex-ministros depõem ao STF no âmbito do inquérito do golpe
Ex-ministros foram foram arrolados como testemunhas pela defesa de Anderson Torres, réu na ação penal junto a Bolsonaro e outros seis acusados
247 - Cinco ex-ministros do governo Jair Bolsonaro prestarão depoimento nesta quinta-feira (29) como testemunhas no processo que apura a tentativa de golpe de Estado articulada por integrantes do antigo governo. Estão previstos os depoimentos de Paulo Guedes (ex-ministro da Economia), Bruno Bianco (ex-Advogado-Geral da União), Wagner Rosário (ex-ministro da CGU), Adolfo Sachsida (ex-titular de Minas e Energia) e Célio Faria (ex-chefe da Secretaria de Governo). Todos foram arrolados como testemunhas pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu na ação penal junto a Bolsonaro e outros seis acusados. As informações são do jornal O Globo.
A convocação dos ex-ministros tem como foco esclarecer os acontecimentos de uma reunião ministerial realizada em julho de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o encontro teve como pauta declarações do então presidente e de ministros “voltadas para mobilizar agentes públicos de alto escalão contra o funcionamento regular do sistema democrático”.
No decorrer da semana, outros ex-integrantes do governo já prestaram depoimento. Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, e Victor Godoy, que comandou a pasta da Educação, negaram ter presenciado qualquer intenção golpista durante a reunião sob investigação.
Além dos cinco ministros esperados nesta quinta-feira, também deve ser ouvido Adler Anaximandro de Cruz e Alves, que ocupou interinamente o cargo de advogado-geral da União. Ele também foi indicado como testemunha pela defesa de Anderson Torres. As oitivas ocorrem por videoconferência e são conduzidas pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A agenda de depoimentos segue na sexta-feira (30), com a expectativa de que prestem esclarecimentos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto. Já na próxima segunda-feira (2), está prevista a oitiva do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do ex-ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes.
Ao todo, 13 ex-ministros do governo Bolsonaro devem ser ouvidos. O processo busca apurar responsabilidades e colher elementos para que o Supremo Tribunal Federal julgue os réus por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de destruição de patrimônio público tombado. A previsão é que o julgamento ocorra ainda este ano.
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