Pastores vão à Justiça contra a Igreja Universal após assédio, perseguição e ordens de vasectomia em clínica clandestina

247 - Assédio moral, perseguição e proibição de gerar herdeiros. Essas são algumas das acusações imputadas à Igreja Universal do Reino de Deus, que é parte principal do patrimônio de Edir Macedo, em processos movidos por ex-obreiros, pastores e esposas de pastores que outrora integraram a instituição religiosa.

Reportagem do Metrópoles revela que a igreja é acusada de “compelir” um ex-pastor a realizar uma “vasectomia” – procedimento que deixa o homem incapaz de gerar filhos – “em uma clínica clandestina localizada na Comercial Norte, em Taguatinga, no Distrito Federal”, e a “obrigar” que o homem e a esposa dele “se filiassem a um partido político como uma condição obrigatória para permanência no cargo pastoral”.

No processo, registrado no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), o ex-pastor da Universal cobra quase meio milhão de reais em dívidas trabalhistas. O autor da ação, expõe, ainda, que metas de recolhimento de dízimos eram impostas a ele e punições aplicadas em caso de não cumprimento delas.

Um outro processo, que ainda tramita no TRT-10, a esposa de um ex-pastor da igreja pede a condenação da instituição, no valor de R$ 1,5 milhão, por direitos trabalhistas não pagos. Na ação, a mulher diz ter sofrido perseguições, assédio moral e acusa a Universal de “beneficiar-se ilicitamente da mão de obra” dela