Ministros do STF minimizam risco de fuga de Bolsonaro: "bom réu"
Magistrados avaliam que Bolsonaro não seguirá exemplo de Zambelli
247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não consideram que Jair Bolsonaro (PL) pretenda deixar o país, mesmo diante da recente fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Segundo o jornal O Globo, a avaliação de integrantes da Corte é de que Bolsonaro é um “bom réu”.
Segundo os magistrados, Bolsonaro tem adotado uma postura considerada respeitosa em relação ao trâmite judicial, em contraste com a decisão de Zambelli de deixar o Brasil após sua condenação. A deputada foi sentenciada pelo próprio STF, em maio, a dez anos de prisão e já se encontra inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Apesar da condenação, os recursos ainda não foram esgotados.
Participação ativa nas audiências - Um dos elementos usados para sustentar a avaliação favorável a Bolsonaro é sua participação nas audiências da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, nas quais ele é réu. De acordo com ministros do STF, o ex-presidente acompanhou praticamente todas as oitivas das testemunhas de acusação e defesa, realizadas por videoconferência ao longo de duas semanas.
As imagens dessas sessões, com a presença de Bolsonaro diante da câmera, foram divulgadas nesta terça-feira (3) pela Corte. Também estavam presentes os advogados e o Ministério Público, conforme prevê o rito processual.
Fuga de Zambelli e reação do STF - Em contraste, Carla Zambelli confirmou, em entrevista à Rádio Auriverde, que deixou o Brasil. Inicialmente, alegou que viajou para tratar um problema de saúde, mas também afirmou ser vítima de “perseguição judicial”. Segundo sua assessoria, a deputada está na Flórida, nos Estados Unidos.
Investigadores apontam que Zambelli saiu por via terrestre, ando por Foz do Iguaçu (PR) e cruzando a fronteira até Puerto Iguazú, na Argentina. Dali, teria seguido para o aeroporto de Ezeiza, próximo a Buenos Aires, embarcando então rumo aos EUA.
Diante da fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva da parlamentar. Nesta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes acolheu o pedido, afirmando que o “intuito criminoso” de Zambelli “permanece ativo e reiterado”. Na decisão, Moraes ressaltou que a deputada “insiste, mesmo que de modo atabalhoado e confuso, em divulgar notícias falsas e atacar o Poder Judiciário”.
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