Lula se reúne com presidente da Alemanha e reforça parceria para COP30 e acordo Mercosul-UE

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, neste sábado (1), o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, para uma reunião em Montevidéu, no Uruguai. Durante o encontro, os líderes discutiram a importância da cooperação entre a América Latina e a União Europeia (UE) em defesa da democracia, do multilateralismo e do combate às mudanças climáticas. Lula destacou a Alemanha como um parceiro essencial do Brasil na promoção do acordo Mercosul-UE e nos esforços para o sucesso da COP30, conferência climática que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.

"Satisfação de me encontrar com meu amigo e presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Discutimos a importância dos países da América Latina e da União Europeia atuarem em defesa da democracia e do multilateralismo. A Alemanha é um parceiro essencial do Brasil na promoção do acordo Mercosul - União Europeia, no esforço de combate à mudança do clima e em prol do sucesso da COP30", afirmou Lula em comunicado oficial.

Acordo Mercosul-UE em pauta - O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, concluído em dezembro de 2024 após mais de duas décadas de negociações, foi um dos principais temas da reunião. O tratado, que está em fase de revisão legal e tradução, promete gerar uma economia de mais de 4 bilhões de euros (R$ 24 bilhões) por ano em tarifas alfandegárias para exportadores europeus, segundo a Comissão Europeia. Para o Mercosul, o acordo representa uma oportunidade de ampliar o o a um dos maiores mercados consumidores do mundo.

Lula tem sido um dos principais defensores do acordo, destacando seu potencial para impulsionar as exportações e fortalecer a integração econômica entre os blocos. Em janeiro deste ano, o presidente brasileiro telefonou para o presidente do Conselho Europeu, António Costa, para reforçar a importância da ratificação do tratado. "A conclusão das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia foi um grande resultado para os dois blocos", afirmou Lula na ocasião.

No entanto, o acordo enfrenta resistência de setores agrícolas europeus, que temem a concorrência com produtos do Mercosul. Para mitigar esses impactos, a Comissão Europeia planeja criar um fundo de 1 bilhão de euros (R$ 6 bilhões) para compensar agricultores europeus e implementar medidas de salvaguarda, caso necessário.