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      Grupo de extermínio vendia espionagem contra ministros do STF por R$ 250 mil

      Organização formada por civis e militares oferecia ‘serviços’ com drones e prostitutas. PF encontrou tabela de alvos e preços durante investigações

      Armas apreendidas pela Polícia Federal (Foto: PF/Reprodução)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Uma complexa rede criminosa voltada à espionagem de autoridades e assassinatos sob encomenda foi desarticulada nesta quarta-feira (28) pela Polícia Federal. A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e investiga os responsáveis pela execução do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em 2023 em Cuiabá (MT), informa Daniela Lima, do g1.

      A apuração da PF revelou que o grupo mantinha um verdadeiro “catálogo” de alvos, com valores estipulados para ações de espionagem. O preço para espionar ministros do STF era de R$ 250 mil. Senadores apareciam na tabela por R$ 150 mil e deputados, por R$ 100 mil. Cidadãos sem cargos políticos também eram monitorados, conforme mostra a lista apreendida pelos investigadores. A estrutura criminosa incluía o uso de drones, prostitutas e outros meios para obter informações e comprometer os alvos.

      Assassinato levou à descoberta de rede - A investigação começou a partir do assassinato de Roberto Zampieri, morto com 10 tiros dentro do próprio carro, em frente ao seu escritório. O autor dos disparos, segundo a Polícia Militar, esperava o advogado na saída do trabalho. O delegado Nilson Farias afirmou que Zampieri usava carro blindado há mais de cinco anos, o que reforça a hipótese de crime premeditado, relata Camila Bomfim, também do g1.

      No celular da vítima, a PF encontrou conversas que revelam negociações com juízes de diferentes tribunais, inclusive gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relacionadas à venda de sentenças. Essas provas ampliaram a dimensão da investigação e resultaram na deflagração da sétima fase da Operação Sisamnes, que mira corrupção no Judiciário de Mato Grosso e no STJ.

      Organização militarizada e com ideologia política - A facção responsável pelas ações se autodenominava “Comando C4”, sigla para “Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”. O grupo era formado por civis e militares, tanto da ativa quanto da reserva, e atuava em várias frentes — da vigilância clandestina à execução de assassinatos por encomenda.

      As atribuições de cada integrante também foram detalhadas nas investigações. A Polícia Civil de Mato Grosso, que atuou em parceria com a PF, indiciou os seguintes suspeitos em 2024:

      • Aníbal Manoel Laurindo: produtor rural apontado como mandante;
      • Coronel Luiz Cacadini: suposto financiador das ações;
      • Antônio Gomes da Silva: teria sido o executor do homicídio;
      • Hedilerson Barbosa: acusado de intermediar o crime, auxiliar o atirador e fornecer a pistola 9mm usada no assassinato;
      • Gilberto Louzada da Silva: também envolvido, com função não detalhada.

      Mandados e medidas cautelares - Nesta fase da operação, o STF autorizou cinco prisões preventivas, quatro medidas de monitoramento eletrônico e seis mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Para alvos que não foram presos, a Justiça determinou medidas como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com outros investigados e entrega de aportes.

      De acordo com os agentes, a estrutura do grupo imitava a de uma agência clandestina de inteligência e extermínio. As tarefas eram executadas mediante pagamento, com valores variando de acordo com a relevância política ou o cargo da vítima.

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