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      Exército pressiona por investimentos em defesa diante de escalada das tensões globais

      Oficiais do Alto Comando do Exército afirmam que o mundo saiu do estágio de “paz relativa” para uma “competição bélica”

      (Foto: Ag. Brasil)
      Otávio Rosso avatar
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      247 -  Com a escalada nos conflitos globais e a ampliação dos gastos militares ao redor do mundo, o Exército Brasileiro alertou o governo federal sobre os riscos de cortes no orçamento da Defesa, informa a CNN Brasil. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025 prevê R$ 133 bilhões para as Forças Armadas, mas quase 90% do valor será destinado para despesas obrigatórias.

      Com isso, uma pequena parcela do orçamento poderia ser destinada para a modernização e reequipamento. Oficiais do Alto Comando do Exército afirmam que o mundo saiu do estágio de “paz relativa” para uma “competição bélica” com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Isso resulta no aumento das tensões, incluindo regionais, com o mundo se preparando para um cenário de guerra. De acordo com o britânico Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), os gastos militares cresceram 7,4% e chegaram a um recorde de quase US$ 2,4 trilhões em 2024.

      No Brasil, projetos de defesa têm sofrido cortes para se adaptarem ao orçamento público. Isso tende a se repetir em 2025, com a meta da equipe econômica do governo de atingir o déficit fiscal zero. Nesse contexto, as Forças Armadas seriam um dos alvos preferenciais para um contingenciamento de gastos que pode ocorrer ainda no primeiro semestre.

      Em relação às necessidades de modernização, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, tem destacado, em conversas internas, a importância de investir em drones, além de acelerar o projeto de um segundo satélite geoestacionário. O primeiro satélite, lançado em 2017, está prestes a atingir sua capacidade máxima. O general também ressaltou que, em locais remotos, a dependência de empresas como a Starlink para serviços de internet torna a comunicação estratégica vulnerável, o que exige maior investimento em infraestrutura.

      Outro ponto levantado é a necessidade de requalificação constante do Exército, com maior investimento em sistemas de defesa antiaérea, veículos blindados e outros equipamentos. Esses itens, essenciais para a defesa nacional, têm sofrido com os cortes orçamentários nos últimos anos, comprometendo a capacidade operacional das Forças Armadas.

      Além das questões internas, o Exército Brasileiro também está atento às oportunidades externas. De acordo com os generais, o aumento das tensões geopolíticas, como o temor de hostilidade por parte da Rússia, tem gerado uma demanda crescente por armamentos e equipamentos de defesa, o que representa uma chance para aumentar as exportações de produtos de defesa brasileiros. Em novembro de 2024, o Brasil já celebrou um recorde nas exportações de defesa, alcançando US$ 1,65 bilhão.

      Como parte dessa estratégia de ampliação das exportações, o general Tomás Paiva se reunirá com o comandante do Exército da Polônia na primeira semana de abril, durante a LAAD, maior feira de defesa da América Latina, no Rio de Janeiro. A Polônia, preocupada com a ameaça russa, tem adotado medidas para fortalecer sua defesa, incluindo a formação militar em massa de sua população e a possibilidade de adquirir armamento nuclear.

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