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      Ex-diretor da PRF nega interferência nas eleições e alega "trâmites normais" em operação no segundo turno de 2022

      Defesa de Silvinei Vasques afirma que atuação da corporação obedeceu a critérios técnicos e nega bloqueio de rodovias no Nordeste durante as eleições

      Silvinei Vasques (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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      247 - Denunciado no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, apresentou sua defesa alegando que as operações realizadas pela corporação no segundo turno das eleições de 2022 seguiram "trâmites normais". Vasques comandou a PRF durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de direcionar a atuação da instituição para dificultar o voto de eleitores do Nordeste, reduto histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, a defesa do ex-diretor classificou a denúncia como infundada e afirmou que Silvinei foi “equivocadamente envolvido em uma narrativa que não encontra a mínima sustentação em elementos fáticos e probatórios”. Os advogados negam que ele tenha agido para “embaraçar, dificultar ou impedir qualquer cidadão brasileiro de exercer seu principal direito democrático: o voto”.

      Dados oficiais apontam que a PRF realizou mais operações no Nordeste do que em outras regiões do país durante o segundo turno de 2022. No entanto, a defesa de Vasques argumenta que a concentração das ações obedeceu a um “padrão normal e histórico” da corporação. Segundo os advogados, a região recebe mais recursos porque conta com um maior efetivo policial, uma malha viária extensa e o maior número de unidades operacionais.

      A defesa também sustenta que o planejamento da PRF para as eleições foi elaborado com base em demandas locais reportadas pelas delegacias da corporação. "Os locais de atuação das equipes da PRF no segundo turno foram apontados pelas Delegacias da PRF em todo o país (aproximadamente 150 delegacias) e ratificados pelos chefes das seções de operações das superintendências, com base em dados estatísticos de criminalidade, de segurança viária, pedidos de apoio de outros órgãos, necessidades e peculiaridades locais", afirmam os advogados.

      Ainda conforme a reportagem, Silvinei também nega que a PRF tenha bloqueado rodovias no dia da votação e afirma que o que ocorreu foram apenas “pontos de fiscalização fixa”. “Não eram ‘blitz’ ou ‘bloqueios’. Em regra, eram dois ou três policiais ao lado da viatura estacionada, observando o trânsito e realizando as fiscalizações”, sustentou o ex-diretor da corporação.

      De acordo com os dados apresentados pela defesa, no segundo turno das eleições, a PRF fiscalizou 19.323 veículos e 618 ônibus. A análise dos registros apontou que 58% das abordagens a veículos de eio foram concluídas em até cinco minutos. No caso dos ônibus, 72% das fiscalizações não ultraaram quinze minutos.

      A defesa ainda argumenta que as abordagens seguiram protocolos normais. “Quando era realizada a abordagem de um veículo, procedia-se à devida sinalização, e esse veículo era posicionado no acostamento para o procedimento ser realizado, como funciona rotineiramente pela PRF no seu dia a dia. Assim, fácil perceber que não havia interrupção do fluxo, não houve retenção de fluxo, e não faz parte dos procedimentos da PRF abordar mais de um veículo por vez, por dupla de policiais, afinal, nenhum policial faz abordagens sozinho. Quando se trata de veículos com vários ocupantes, como, por exemplo, um ônibus, é necessário um efetivo maior”, argumentam os advogados de Silvinei.

      Os argumentos apresentados pela defesa serão analisados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não marcou a data do julgamento. No total, 34 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, foram denunciadas no inquérito que investiga a tentativa de golpe. A decisão do STF definirá se a denúncia contra Vasques será aceita ou não.

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