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      Empresários presos na Operação Overclean firmaram contrato com governo Caiado em Goiás

      Grupo investigado por fraudes bilionárias na Bahia atuou na Secretaria de istração goiana e é ligado a aliados políticos de Ronaldo Caiado

      Ronaldo Caiado (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Uma rede empresarial investigada pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de corrupção bilionário na Bahia também manteve contratos com o governo de Goiás, sob comando do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). A informação foi revelada pelo portal Goiás 24 Horas e lança novas luzes sobre os desdobramentos da Operação Overclean.

      Em junho de 2020, a Secretaria de Estado da istração (SEAD) de Goiás assinou contrato com a Larclean, empresa que hoje está no centro das investigações da PF. O documento, firmado sob responsabilidade do então secretário Bruno Magalhães D’Abadia, previa serviços de desinsetização e controle de pragas. O grupo suspeito é acusado justamente de embolsar recursos públicos sem prestar os serviços contratados.

      Do lado empresarial, a do contrato foi feita por Fábio Rezende Parente, apontado pela PF como o principal executor financeiro da organização criminosa comandada por seu irmão, Alex Rezende Parente. Ambos mantêm ligação direta com Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, que foi preso na Bahia e já é figura conhecida em outros escândalos envolvendo contratos públicos.

      Contratos, empresas fantasmas e lavagem de dinheiro - A Polícia Federal afirma que o grupo operava uma estrutura “sofisticada e hierarquicamente organizada” para fraudar licitações, desviar recursos e lavar dinheiro público por meio de empresas de fachada e contratos superfaturados.

      Além da Larclean, Fábio Rezende Parente também figura como sócio das empresas Allpha Pavimentações, FAP Participações LTDA. e Rezende Serviços istrativos LTDA., todas citadas na investigação. Ele é suspeito de comandar o núcleo financeiro do esquema, responsável por movimentações de propina e pela ocultação de patrimônio. Empresas fantasmas como a Bra Teles Ltda. seriam utilizadas para essa finalidade. Emendas parlamentares também teriam sido manipuladas para facilitar a obtenção dos contratos.

      Elo político e base de apoio presidencial - Apesar da gravidade das suspeitas, os vínculos entre o grupo empresarial e o governo de Goiás não se limitam ao contrato da Larclean. A teia que envolve Ronaldo Caiado alcança nomes de peso da política baiana. Um dos principais operadores investigados pela Overclean, Samuel Franco — conhecido como Samuca —, já presidiu o diretório municipal do DEM (hoje União Brasil) em Itabuna (BA) e é próximo de ACM Neto, ex-presidente nacional do partido e fiador da pré-candidatura de Caiado à Presidência da República.

      No dia 5 de abril, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Samuca, localizada em Ilhéus (BA), na terceira fase da Operação Overclean. O operador é investigado por atuar em fraudes que somam R$ 1,4 bilhão. Durante a operação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e centenas de documentos ligados a transações imobiliárias.

      Samuca figura como sócio majoritário da SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda. Em 2022, ele vendeu uma cota de 10% da empresa ao prefeito de Salvador, Bruno Reis, por R$ 60 mil. O negócio foi intermediado pela BB Investimentos, empresa ligada ao prefeito e seus filhos. A transação reforça as suspeitas de que o mercado imobiliário estaria sendo utilizado como ferramenta para lavagem de dinheiro.

      O triângulo político sob investigação - A conexão entre os personagens investigados e o entorno de Ronaldo Caiado é reforçada por alianças políticas. Bruno Reis declarou apoio público à candidatura de Caiado à presidência em abril. O elo entre ambos é ACM Neto, que atua como padrinho político de Reis e de Caiado.

      A trama exposta pelas investigações revela uma interligação entre operadores empresariais, gestores públicos e lideranças partidárias, todos vinculados ao União Brasil. O envolvimento da SEAD de Goiás no circuito financeiro da organização criminosa investigada pela Polícia Federal torna inevitável uma apuração rigorosa sobre os vínculos diretos com o governo de Ronaldo Caiado.

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