window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Redação Brasil 247', 'page_url': '/brasil/emendas-parlamentares-movimentam-r-150-bilhoes-em-cinco-anos-e-expoem-baixa-transparencia' });
TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Emendas parlamentares movimentam R$ 150 bilhões em cinco anos e expõem baixa transparência

      Aumento no controle do Orçamento pelo Congresso intensifica dependência de órgãos públicos e gera suspeitas de irregularidades

      Hugo Motta e Arthur Lira (Foto: Marina Ramos / Agência Câmara)
      Redação Brasil 247 avatar
      Conteúdo postado por:

      247 – A explosão das emendas parlamentares desde 2020 movimentou mais de R$ 148,9 bilhões em cinco anos, consolidando o protagonismo do Congresso Nacional na gestão de recursos públicos e levantando questionamentos sobre a transparência na distribuição das verbas. O levantamento foi feito pela Folha de S.Paulo, que destacou o impacto dessas mudanças no equilíbrio de poderes entre Legislativo e Executivo.

      Esse valor representa mais de quatro vezes os R$ 32,8 bilhões destinados às emendas no ciclo anterior (2015-2019). O avanço resultou em um sistema de controle orçamentário altamente concentrado no Congresso, deixando órgãos públicos dependentes das indicações de parlamentares para a execução de despesas de rotina.

      Do montante total, R$ 74 bilhões referem-se às emendas individuais; R$ 29,5 bilhões às bancadas estaduais; e R$ 9 bilhões às comissões temáticas. Ainda, R$ 36,5 bilhões foram distribuídos por meio das emendas de relator, prática que se tornou símbolo de baixa transparência e foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022.

      Impactos e irregularidades

      A concentração de poder do Congresso alterou a dinâmica orçamentária. O Ministério dos Esportes, por exemplo, teve 74% de seus recursos discricionários em 2024 definidos por emendas parlamentares. Enquanto isso, as verbas destinadas a áreas estratégicas como ciência, tecnologia, cultura, esportes e saneamento somaram apenas R$ 70 bilhões no mesmo período, metade do valor alocado às emendas.

      Órgãos como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) foram profundamente afetados. Originalmente focados em projetos de irrigação e redução de desigualdades, aram a priorizar demandas parlamentares, como a distribuição de maquinários e obras de pavimentação. Ambos estão sob investigação 

      Decisões do STF e reações políticas

      A partir de 2020, o Orçamento federal destinado às emendas cresceu exponencialmente, chegando a R$ 46,2 bilhões, mais do que o triplo do registrado no ano anterior (R$ 13,7 bilhões). Esse crescimento transformou as emendas na principal ferramenta de influência dos parlamentares junto às suas bases eleitorais.

      Para conter o avanço, o STF travou temporariamente a execução das emendas em 2024, com o ministro Flávio Dino ordenando auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) e investigações da Polícia Federal. Uma manobra recente envolvendo o remanejamento de R$ 4 bilhões em emendas de comissão também está sob apuração.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...