Eduardo Bolsonaro alega perseguição e diz que vai pedir asilo político nos EUA
Parlamentar disse temer que o ministro Alexandre de Moraes "peça o cancelamento do aporte, bloqueio da minha conta no Brasil e um pedido de extradição"
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta terça-feira (18) que não tem voo de volta para o Brasil e que pretende pedir asilo político ao governo dos Estados Unidos. "Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos", afirmou o parlamentar à CNN Brasil.
Eduardo Bolsonaro, que nesta terça-feira anunciou sua licença do mandato, justificou a decisão alegando um cenário de perseguição à direita no Brasil. O pedido de asilo político é um mecanismo de proteção legal concedido por um país a estrangeiros que alegam ser perseguidos em sua nação de origem.
"O Brasil não vive mais uma democracia. Não é possível um parlamentar perder o aporte dele pelo que ele fala. Cadê a imunidade parlamentar"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
Na entrevista, o parlamentar também disse temer represálias do Supremo, como o bloqueio de suas contas bancárias. "Ele deve pedir o cancelamento do meu aporte, deve pedir o bloqueio da minha conta no Brasil e fazer um pedido de extradição. Isso não é normal em uma democracia", afirmou.
No final de fevereiro, Eduardo Bolsonaro foi alvo de uma representação criminal apresentada pelos deputados do PT Lindbergh Farias (RJ), líder da bancada na Câmara, e Rogério Correia (MG), ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Na peça, os parlamentares alegam que Eduardo conspira contra as instituições brasileiras nos Estados Unidos e solicitam, entre outras medidas, a apreensão de seu aporte.
O deputado está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, data em que parlamentares do PT ingressaram no STF com um pedido de apreensão de seu aporte. A sigla acusa Eduardo de atentar contra a soberania nacional ao atacar e tentar organizar uma reação ao Judiciário brasileiro a partir do exterior.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, enviou a ação à Procuradoria-Geral da República (PGR), que não cumpriu o prazo de cinco dias para se manifestar sobre o pedido.