window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Luis Mauro Filho', 'page_url': '/brasil/direita-sempre-fabrica-crises-em-anos-eleitorais-diz-franklin-martins' });
TV 247 logo
      HOME > Brasil

      “Direita sempre fabrica crises em anos eleitorais”, diz Franklin Martins

      Em entrevista à jornalista Hildegard Angel, Franklin Martins alerta para estratégias da direita contra governos populares e convoca à mobilização política

      Franklin Martins em entrevista com Hildegard Angel na TV 247 - 17/05/2025 (Foto: YouTube/TV 247)
      Luis Mauro Filho avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - Em entrevista concedida à jornalista Hildegard Angel, no programa Conversas com Hildegard Angel, da TV 247, o jornalista e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, fez um alerta direto: “A direita sempre fabrica crises em anos eleitorais”. Para ele, esse comportamento já se tornou um padrão na política brasileira e exige dos setores democráticos vigilância e enfrentamento político.

      “Todo o ano anterior ao da eleição presidencial tem uma grande crise. Isso não é coincidência, é método”, afirmou Franklin. Segundo ele, trata-se de uma tática recorrente da direita para tentar enfraquecer lideranças populares, como a do presidente Lula, e reverter conquistas sociais obtidas por meio do voto democrático.

      A história se repete em ciclos

      Ao longo de uma conversa extensa e reflexiva, Franklin Martins revisitou agens decisivas da história política do Brasil, traçando paralelos entre o ado e o presente. Ele mencionou o papel da mídia conservadora e de lideranças como Carlos Lacerda na criação de um ambiente golpista nos anos 1950 e 60, que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas e o golpe militar de 1964. Também destacou as tentativas frustradas de impedir a posse de João Goulart, em 1961, e a importância da resistência liderada por Leonel Brizola.

      “O Brizola fez um movimento de massas e impediu o golpe. Foi um momento em que o Brasil mostrou que podia resistir”, disse o jornalista.

      O golpe de 1964 e o papel dos militares

      Franklin foi enfático ao afirmar que o golpe de 1964 não foi apenas “civil-militar”, como defendem alguns acadêmicos: “O coração daquele processo foi o alto comando das Forças Armadas”. Ele relembrou ainda os anos de repressão, censura e terrorismo de Estado, marcados por assassinatos e desaparecimentos de opositores, inclusive sua própria mãe, vítima da ditadura.

      A resistência democrática e a importância da mobilização

      Em sua análise, Franklin valorizou os processos de resistência política e social que surgiram mesmo sob forte repressão. Ele exaltou o papel dos estudantes na década de 1960, o renascimento da luta sindical no final dos anos 1970 e o surgimento de uma nova liderança operária: Luiz Inácio Lula da Silva.

      Para ele, a luta pela democracia é contínua e requer coragem e persistência. “A causa sem mártires não tem força. A memória dos que tombaram é fundamental para seguirmos adiante”, disse, em referência aos que resistiram ao regime militar.

      O Brasil de hoje e os riscos da despolitização

      Franklin Martins alertou que o Brasil ainda carrega “gatilhos” deixados pela ditadura em sua estrutura democrática, como os resquícios de poder das Forças Armadas e a instrumentalização de setores do Judiciário e da mídia.

      Ele ressaltou que os avanços dos últimos anos — como a inclusão social e a redução das desigualdades regionais — foram obtidos graças à mobilização popular e ao fortalecimento do voto. E reforçou: “O povo não é um estorvo para a economia. Pelo contrário, é um tremendo patrimônio”.

      Estados Unidos e crise de hegemonia

      Ao final da conversa, Franklin comentou o cenário internacional e a crise de hegemonia enfrentada pelos Estados Unidos. Segundo ele, o país não tem conseguido lidar com a multipolaridade do mundo atual e recorre, cada vez mais, a ações agressivas e contraditórias. “Os EUA estão diante de uma realidade que não controlam mais, e isso afeta diretamente a geopolítica global”, avaliou.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...