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      Derrocada do PSDB se intensifica com migração de Eduardo Leite e possível saída de último governador tucano

      Governador do Mato Grosso do Sul é cortejado por PSD e PL, enquanto grupo de Leite articula migração em massa no RS e fusão com Podemos perde força

      Eduardo Riedel (Foto: Saul Schramm Jr./GOV MS)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - A crise no PSDB se agrava com a saída de lideranças expressivas e o enfraquecimento das articulações nacionais do partido. Segundo reportagem do jornal O Globo deste domingo (11), a filiação de Eduardo Leite ao PSD, confirmada na última sexta-feira (10), somada à adesão da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, à mesma legenda em março, sinaliza uma debandada que pode culminar com a saída de seu único governador restante: Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. 

      Discreto, Riedel vem sendo cortejado tanto pelo PSD quanto pelo PL. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já o convidou, nos bastidores, a ingressar no partido. Do outro lado, dirigentes do Partido Liberal marcaram uma reunião com o governador para o próximo dia 21. A expectativa é de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, participe do encontro. Por ora, no entanto, Riedel mantém cautela e não sinaliza decisão imediata.

      Aliados avaliam que uma filiação ao PL implicaria um alinhamento direto com o bolsonarismo, o que poderia comprometer sua ampla base de apoio, que hoje vai do PT ao próprio PL. Com uma imagem de moderação e diálogo, o governador sul-mato-grossense teria pouco a ganhar com um movimento brusco. Ele deve viajar nos próximos dias para os Estados Unidos, onde terá agendas com investidores, e só deve se posicionar após seu retorno ao Brasil.

      A permanência no PSDB, contudo, parece cada vez mais insustentável. Assim como Leite, Riedel aguardava a fusão entre PSDB e Podemos como uma possível estratégia de reconstrução partidária, com a ambição de formar uma federação com siglas de maior alcance, como Republicanos ou MDB. No entanto, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, já descartou essa aliança, e as negociações com o MDB de Baleia Rossi também arrefeceram.

      No Rio Grande do Sul, a filiação de Eduardo Leite ao PSD pode provocar o esvaziamento completo do PSDB local. O grupo político que o acompanha — que inclui cerca de 30 prefeitos — já foi encorajado pelo ex-tucano a seguir o mesmo caminho. Em entrevista concedida à Rádio Cultura, o vice-prefeito de Erechim, Flávio Tirello (PSDB), afirmou:

      — É importante salientar que é um movimento coletivo, de todo o PSDB gaúcho e de todas as nossas lideranças. A única brincadeira é que nosso presidente municipal, Wallace Soares, diz que vai ficar só para apagar a luz e fechar a porta. Na hora que fizermos um movimento de saída, faremos todos juntos.

      Diante desse cenário, o PSDB vê ruir as últimas estruturas que sustentavam seu protagonismo político nacional. A sigla, que já presidiu o país por oito anos e governou estados estratégicos como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, agora enfrenta o risco de desaparecer do mapa dos executivos estaduais — e, com ele, da centralidade no debate político brasileiro.

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