Defesas do "núcleo 2" da trama golpista citam a Bíblia, e Dino rebate com analogia religiosa
Denunciados teriam usado cargos públicos de forma coordenada para desestabilizar a democracia
247 – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, nesta terça-feira (22), mais seis acusados de participação na tentativa de golpe de Estado. O grupo faz parte do chamado “núcleo 2” da trama golpista, composto por ex-integrantes do governo que, segundo a denúncia, usaram os cargos públicos de forma coordenada para desestabilizar a democracia.
Durante a sessão, as defesas dos denunciados recorreram a referências religiosas, históricas e literárias nas sustentações orais. Em resposta ao tom religioso adotado por alguns advogados, o ministro Flávio Dino também fez uso de uma metáfora bíblica durante a sessão. O magistrado mencionou o livro do Gênesis ao falar sobre os papéis de julgadores, acusados e do Ministério Público.
“Houve muitas alusões bíblicas de altíssima qualidade na tribuna e, ouvindo agora o ministro Alexandre de Moraes, lembrei de outra: as primeiras páginas do Gênesis, sobre a criação do mundo. Deus separa a terra e a água e, de fato, se os julgadores estão na terra e as partes estão na água, o Ministério Público é uma península, ou seja, está ali na transição. Isso porque o Ministério Público não julga, ele propõe uma tese”, afirmou. “Não há condições para dizer que, ao propor uma tese no tribunal, rompeu essa neutralidade técnico-científica, exatamente pela condição de zona de transição entre terra e água.”
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: