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      Defesa de Bolsonaro muda abordagem e desiste de apontar suspeição de Alexandre de Moraes

      Nova postura busca reduzir tensões com o STF

      Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR | Nelson Jr./SCO/STF)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) adotou uma nova estratégia e decidiu abandonar a insistência no pedido de impedimento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. 

      Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, a mudança ocorre com a chegada do criminalista Celso Vilardi à equipe de defesa de Bolsonaro. Reconhecido por sua atuação em casos de grande repercussão, como a Operação Lava Jato e Mensalão, Vilardi traz uma postura mais técnica e menos conflituosa com o STF. "Ele tem uma relação ampla com a imprensa, com membros da Corte e inaugura um capítulo novo da defesa", afirmou um aliado de Bolsonaro de forma reservada.

      Fontes próximas ao ex-presidente revelaram que Vilardi defende uma abordagem menos beligerante diante do Supremo, considerando que o embate direto apenas agrava o ambiente e prejudica a situação de Bolsonaro na Corte. A estratégia de não insistir no afastamento de Moraes está alinhada com essa nova postura, resumida pela frase "não contestar fatos consumados".

      Nos últimos 13 meses, o STF rejeitou dois pedidos de impedimento de Moraes apresentados por Bolsonaro. O mais recente foi negado por ampla maioria (9 a 1) em dezembro do ano ado. Um terceiro recurso permanece sem previsão de julgamento. Internamente, a defesa avalia que a questão está "decidida".

      A estratégia anterior de Bolsonaro, que visava afastar Moraes do caso, foi criticada por outros investigados e até por membros do PL. Segundo aliados, a insistência nessa linha de defesa apenas fortalecia a posição do ministro no Supremo. A defesa de Bolsonaro alegava que Moraes seria alvo do suposto plano golpista, o que comprometeria sua imparcialidade. No entanto, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, negou o pedido, e o plenário virtual confirmou a decisão, com apoio apenas do ministro André Mendonça.

      Essa tentativa de descredibilizar Moraes também servia para mobilizar a base bolsonarista, que via o ministro como um adversário direto. Contudo, com o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal em três inquéritos — sobre a trama golpista, as joias sauditas e a fraude na carteira de vacinação —, a estratégia mudou. Agora, a defesa busca distensionar a relação com o STF, diante da expectativa da apresentação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que pode abrir caminho para uma possível prisão do ex-presidente.

      Os crimes atribuídos a Bolsonaro no inquérito da trama golpista — tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa — podem resultar em uma pena de até 28 anos de prisão. Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro liderava uma organização criminosa estruturada em cinco eixos de atuação, incluindo ataques virtuais a opositores, órgãos institucionais e às urnas eletrônicas.

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