Comandante da Marinha pede para não depor em ação sobre tentativa de golpe de estado
Marcos Sampaio Olsen solicitou ao STF para ser dispensado como testemunha na ação que envolve Almir Garnier e Jair Bolsonaro
247 - O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser dispensado de prestar depoimento como testemunha na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. A solicitação foi feita após ter sido indicado como testemunha de defesa pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, que figura como réu no processo, juntamente com Jair Bolsonaro (PL). O depoimento de Olsen estava agendado para ser realizado nesta sexta-feira (23). As informações são do jornal O Globo.
A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Olsen, encaminhou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, para o indeferimento do depoimento do comandante. Em sua justificativa, segundo a reportagem, Olsen afirmou que "desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal". As audiências com as testemunhas foram inicialmente agendadas por Moraes em 7 de maio.
Olsen foi indicado como testemunha de defesa por Almir Garnier Santos, seu antecessor no cargo de comandante da Marinha, que é um dos oito réus na ação penal. Garnier é acusado de ter concordado com um suposto plano de golpe de Estado que visava reverter os resultados das eleições de 2022 e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na quarta-feira (21), a acusação contra Garnier foi reforçada pelo tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, que chefiava a Aeronáutica à época dos fatos investigados. Em seu depoimento, Baptista Júnior declarou que Garnier adotava uma postura diferente da sua e da do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e que, em determinado momento, chegou a colocar suas tropas à disposição de Bolsonaro.
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