Brasil e China fortalecem sinergia e governança global diante das tarifas dos EUA, diz Silveira
Ministro também destaca que grandes empresas chinesas demonstram forte interesse em investir no robusto setor de energias renováveis brasileiro
247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou as tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a gestão do presidente Donald Trump e destacou a importância da parceria entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês, Xi Jinping, na construção de uma nova governança global.
Para Silveira, a "sinergia" entre Brasil e China ganha ainda mais relevância diante do aumento do protecionismo norte-americano e deve servir como base para promover políticas de desenvolvimento econômico inclusivas, fortalecer o diálogo internacional e avançar em soluções comuns para desafios globais como a mudança climática e a transição energética.
O ministro falou a jornalistas às margens do Fórum Brasil-China, organizado pela Apex Brasil, nesta segunda-feira (12), em Pequim.
Ele destacou a "construção de políticas convergentes que melhorem a qualidade de vida e façam a inclusão das pessoas. Esse é o objetivo do presidente Lula e do presidente Xi Jinping".
Segundo o ministro, a "sinergia" entre o Brasil e a China se robustece diante das taxações dos EUA. "Portanto, torcemos para que avancem as negociações e que as bravatas do presidente americano [Donald Trump] recuam e fortaleçam a governança global e o diálogo, que é tão importante para resolver os problemas comum, como a mudança climática.
"A transição energética precisa ter uma governança global. É isso que o presidente Lula tem apregoado pelo mundo, e tem conseguido avanços como conseguiu agora com o presidente [da Rússia, Vladimir] Putin e veio agora para a China fortalecer mais uma vez essa relação bilateral tão fundamental para o desenvolvimento do nosso país", afirmou.
INVESTIMENTOS CHINESES - O Brasil se consolida como uma potência sustentável e mira a exportação de sustentabilidade para o mundo, afirmou o ministro.
Ele destacou que grandes empresas chinesas demonstram forte interesse em investir no robusto setor de energias renováveis e transição energética brasileiro, que, sob a liderança do presidente Lula, vem se firmando como protagonista global.
"CGN, BYD, Huawei estão muito dispostas a investir na geração de energias renováveis no Brasil, que se tornou celeiro dessas energias ao longo dos anos, mas principalmente reinvigorado pelas políticas públicais implementadas nos últimos dois anos, como algumas muito vigorosas: o combustível do futuro, criando o mandato do combustível sustentável de aviação, o mandato do diesel verde, normatizando a captura e estocagem de carbono, a aprovação da lei do hidrogênio verde, da eólica offshore, abrindo uma nova fronteira de investimentos também em alto mar, a política nacional de transição energética. Essas políticas foram aprovadas nos últimos dois anos, colocando o Brasil como protagonista da transição energética global. Vamos para a COP30 com muito orgulho de ser o país com a melhor matriz energética do mundo. E agora, com a oportunidade de exportar sustentabilidade, o Brasil não vai perder um segundo sequer, sob a liderança do presidente Lula para ajudar o mundo a se descarbonizar. É uma grande oportunidade econômica para o Brasil participar dessa nova economia", disse o ministro.
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