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      Brasil analisa resposta a tarifas dos EUA, mas ordem de Lula é primeiro negociar

      No domingo, Trump disse a jornalistas que pretende impor uma tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio para os Estados Unidos

      Presidente Lula (Foto: Reprodução- canal Lula, youtube)
      Bianca Penteado avatar
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      BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro estuda possíveis medidas de resposta às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor sobretaxas a produtos brasileiros, mas não há qualquer decisão tomada a respeito e a ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é primeiro tentar negociar, disseram duas fontes com conhecimento das tratativas.

      No domingo, Trump disse a jornalistas que pretende impor uma tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio para os EUA, o que impactaria diretamente os produtores brasileiros, uma vez que o Brasil é o segundo fornecedor do mercado norte-americano, atrás apenas do Canadá.

      "A tradição da diplomacia brasileira é de sempre primeiro a negociação, e isso fecha com o que o presidente (Lula) defende. A reciprocidade que ele defendeu é se nenhuma medida funcionar", disse à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto, mencionando declaração de Lula de que o Brasil responderia a uma eventual taxação dos EUA com reciprocidade.

      Uma segunda fonte do governo brasileiro, esta da diplomacia, apontou que não há por que o Brasil anunciar decisões sem saber o que de fato virá dos EUA, nem quando, e mencionou um discurso do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na semana ada, em que ele afirmou: "Não cederemos à ansiedade do ritmo vertiginoso da mídia em tempo real e das redes sociais. Tampouco nos deixaremos levar pelo imediatismo na resposta aos desafios que se apresentem. Continuaremos a nos orientar por um estilo diplomático sereno, sóbrio e pragmático".

      A decisão pela negociação, no entanto, não significa que o governo brasileiro não esteja analisando possibilidades. De acordo com as fontes, diferentes ministérios vêm estudando quais poderiam ser as medidas de taxação que poderiam ser adotadas pelo Brasil e que trouxessem menor impacto para o país.

      Não há, no entanto, qualquer decisão tomada, e nenhuma medida concreta foi conversada diretamente com o presidente, disse uma das fontes. A intenção é esperar o que virá de Washington, mas até agora a Casa Branca não oficializou as taxas contra aço e alumínio.

      "Se sair algo concreto, o presidente deve conversar com os ministros na terça ou depois", disse uma fonte.

      A reunião incluiria os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Geraldo Alckmin, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além do chanceler Vieira.

      Em entrevista na tarde desta segunda, Alckmin ecoou o que o governo vem dizendo oficialmente: "A última vez que isso foi feito, teve cotas. Vamos esperar. Nossa posição é sempre uma de cooperação e parceria em benefício das nossas populações", disse Alckmin, que também é o vice-presidente da República.

      O episódio mencionado por Alckmin ocorreu em 2018, no primeiro governo de Trump, quando o republicano também aplicou uma taxa de 25% sobre o aço brasileiro. Na época, o governo norte-americano negociou com o Brasil a adoção de uma cota anual de exportações sem a sobretaxa.

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