BNDES aprovou R$ 33 bilhões em crédito para estados e municípios nos últimos dois anos

247 - Nos dois primeiros anos do terceiro governo Lula (PT), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$33,1 bilhões em crédito para estados e municípios, sendo R$24,7 bilhões destinados aos estados e R$8,4 bilhões aos municípios. O montante é três vezes superior ao valor aprovado nos dois mandatos anteriores, de Jair Bolsonaro e Michel Temer, que somaram apenas R$9,6 bilhões para as mesmas esferas de governo. As informações são do jornal O Globo.

“Os mecanismos do BNDES de apoio a estados e municípios foram completamente desmontados no governo anterior. Foi preciso um grande esforço da nossa gestão para retomar essa política pública e, seguindo a orientação do presidente Lula de tratar governadores e prefeitos de maneira republicana e considerando a capacidade de endividamento de cada ente da federação definida pelo Ministério da Fazenda, estamos apoiando projetos estruturantes para a melhoria de vida do povo lá na ponta”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O valor expressivo das aprovações foi destacado por Lula em um encontro com novos prefeitos nesta semana, onde o presidente aproveitou para reforçar sua política de aproximação com mandatários de diferentes partidos. Em seu discurso, Lula garantiu que as instituições financeiras públicas atenderiam os interesses de governadores e prefeitos sem discriminação ideológica: "Não haverá, em hipótese alguma, um banco, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BRB, o Basa ou o BNDES, deixar de atender aos interesses de um governador ou de uma cidade por questões ideológicas."

As cidades que mais se destacam nas aprovações de crédito são Rio de Janeiro, com R$ 2,5 bilhões, governado por Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula; São Paulo, com R$ 2,5 bilhões, comandada por Ricardo Nunes (MDB), opositor do governo; e Porto Alegre, com R$ 1 bilhão, governada por Sebastião Melo (MDB), que busca manter uma posição neutra. Já os estados que receberam os maiores montantes são São Paulo, com R$ 11,3 bilhões, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro; Pará, com R$ 3 bilhões, governado por Helder Barbalho (MDB); e Mato Grosso do Sul, com R$ 2,3 bilhões, liderado por Eduardo Riedel (PSDB).

Os números mostram um contraste significativo entre as gestões, com dados do BNDES apontando que a média de aprovações nos dois primeiros anos de governo Lula é 36,9 vezes maior do que a registrada no governo de Jair Bolsonaro. Enquanto o governo Lula liberou R$16,6 bilhões até o momento, o governo Bolsonaro aprovou apenas R$440 milhões para os entes federados.