Bancário desvia R$ 2,3 milhões da Caixa e gasta parte em apostas online no “jogo do tigrinho”
Operação da Polícia Federal em Santa Catarina mira funcionário acusado de saques irregulares e pagamentos com dinheiro do banco sem registro contábil
247- A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Aposta Perdida para investigar um funcionário da Caixa Econômica Federal suspeito de desviar mais de R$ 2,3 milhões da agência onde trabalhava, em São José do Cedro, Santa Catarina. A informação é do Metrópoles.
De acordo com as investigações, o servidor realizava saques indevidos e quitava boletos bancários utilizando dinheiro do caixa da agência, sem qualquer tipo de registro contábil que justificasse as movimentações. Uma parte considerável dos recursos teria sido destinada a apostas em jogos de azar, incluindo o popular “jogo do tigrinho”, modalidade de cassino virtual frequentemente associada a perdas financeiras vultosas.
Durante a ação, agentes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do investigado. O objetivo era localizar um veículo que teria sido adquirido com o dinheiro desviado e reunir provas que confirmem os crimes cometidos.
A operação é conduzida pela Delegacia da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira (SC) e segue em andamento. O funcionário poderá responder pelo crime de peculato — apropriação de recursos públicos por agente em razão do cargo — cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão.
Embora os detalhes sobre como o esquema foi descoberto ainda não tenham sido revelados, a suspeita é de que os desvios vinham ocorrendo de forma sistemática, mascarados por movimentações rotineiras dentro da agência. A PF investiga também se houve omissão de outros servidores ou falhas no controle interno da instituição bancária que possam ter facilitado a fraude.
O caso reacende o alerta sobre o uso indevido de dinheiro público para alimentar vícios ligados a jogos de azar, que têm se popularizado com a ampla disseminação de plataformas online. Enquanto as investigações prosseguem, a Caixa Econômica Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o afastamento do funcionário ou as medidas internas adotadas após a descoberta do desvio.
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