Azul garante operação normal e mantém programa de fidelidade após pedir recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea afirma que seguirá com voos, pagamentos e benefícios em dia enquanto reestrutura dívida de mais de US$ 2 bilhões
247 - A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta quarta-feira (28) que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o chamado Chapter 11, mecanismo utilizado por empresas para reestruturação de dívidas com proteção judicial. Apesar da medida, a companhia assegurou que suas operações continuam normalmente, incluindo voos, pagamento a funcionários, benefícios e programa de fidelidade. As informações são do jornal O Globo.
Em comunicado ao mercado, a Azul reforçou que todos os compromissos com tripulantes e parceiros comerciais estão mantidos. “Continuaremos a operar normalmente e a pagar a tripulação como de costume, mantendo benefícios, incluindo seguro de saúde e folgas remuneradas”, informou a empresa. A promessa se estende também aos clientes: “Vamos seguir normalmente com o programa de fidelidade, sem alterações em termos, opções de resgate ou s disponíveis para nossos membros”.
A companhia destacou ainda que os sistemas de reservas permanecem inalterados e que agentes de viagem não precisam tomar medidas adicionais. Operações de carga, envio de encomendas e contratos com fornecedores também seguirão sem mudanças. “Aos nossos Clientes, Fornecedores e Parceiros – agradecemos o seu apoio contínuo e a parceria. As ações que estamos tomando agora fortalecerão nosso negócio para que possamos ser um parceiro ainda mais forte para você”, afirmou a Azul em nota oficial.
O processo de reestruturação envolve um pacote financeiro robusto: segundo a empresa, está previsto um financiamento de US$ 1,6 bilhão e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital. A recuperação judicial permitirá, ainda, eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas acumuladas.A operação conta com o respaldo de parceiros estratégicos, como as companhias aéreas americanas United Airlines e American Airlines, além do apoio dos principais credores. Um deles é a AerCap, maior arrendadora de aeronaves da Azul, responsável pela maior parte da dívida da empresa com leasing.Para o CEO da companhia, John Rodgerson, o pedido de Chapter 11 representa um o decisivo rumo à recuperação. “A Azul continua a voar – hoje, amanhã e no futuro.
Esses acordos (com os credores) marcam um o significativo na transformação do nosso negócio, pois nos permitirá emergir como líderes do setor nos principais aspectos da nossa atividade”, declarou o executivo.A crise enfrentada pela Azul tem raízes na pandemia de Covid-19, que desestruturou o setor aéreo global, e foi agravada por fatores econômicos mais recentes. “Pandemia, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação” foram citados por Rodgerson como causas centrais para a deterioração financeira da empresa.Apesar dos desafios, a companhia aposta na recuperação sob proteção da justiça americana como uma estratégia para garantir fôlego e sustentabilidade a longo prazo, mantendo sua operação no Brasil e no exterior sem impacto imediato aos consumidores.
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