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      Após dois séculos de história, Exército pode ter duas primeiras mulheres generais

      As coronéis Carla Maria Clausi e Carla Lobo Loureiro podem ser promovidas em novembro

      (Foto: Exército Brasileiro)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - Após mais de 200 anos de história, o Exército brasileiro está prestes a fazer um marco importante em sua trajetória. Em novembro deste ano, durante o novo ciclo de promoções do Alto Comando, duas mulheres têm grandes chances de se tornar a primeira oficial-general da instituição: as coronéis Carla Maria Clausi e Carla Lobo Loureiro. As informações são do jornal O Globo.

      Ambas, que fazem parte da turma de oficiais médicos de 1997, estão na lista para serem avaliadas para a promoção a general de brigada, um processo que será concluído em outubro, com decisão prevista para o mês seguinte.

      A recente mudança na política do Exército, que desde este ano permite o alistamento voluntário de mulheres, tem impulsionado iniciativas para reforçar a inclusão feminina nas Forças Armadas. Com isso, especialistas e militares ligados ao debate acreditam que a ascensão de uma mulher ao posto de general é uma expectativa real, que pode ser concretizada até 2026.

      A decisão sobre a promoção das coronéis será tomada pelo comandante do Exército, Tomás Paiva, e por um colegiado de 16 generais, que encaminharão sua sugestão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora a palavra final seja do chefe do Executivo, é raro que o presidente reprove as indicações feitas pelo Alto Comando.

      O processo de promoção de coronel para general é rigoroso e depende da disponibilidade de vagas, que se abrem quando um general se aposenta. Além disso, os candidatos am por uma análise detalhada baseada em dois critérios principais: antiguidade e merecimento. 

      A coronel Carla Clausi, por exemplo, tem um currículo notável, que inclui a primeira experiência de uma mulher no comando de uma unidade militar do Exército. Em 2015, ela assumiu a direção do Hospital de Guarnição de João Pessoa, cargo que gerou polêmica devido aos ataques machistas nas redes sociais, com comentários insinuando que sua ascensão era resultado de “favores” ou do apoio de figuras influentes. No entanto, sua trajetória na carreira militar é marcada por conquistas substanciais.

      Formada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, Clausi possui especializações em cardiologia clínica e terapia intensiva. Sua carreira começou em 1996, quando ingressou no Exército como tenente temporária. No ano seguinte, ela foi aprovada em primeiro lugar no concurso para oficial médico e completou com êxito o curso de formação na Escola de Saúde do Exército. Entre suas missões de destaque, está a atuação no Haiti, onde salvou crianças após o desabamento de um prédio em 2008, o que lhe garantiu uma homenagem da Organização das Nações Unidas (ONU).

      Clausi também se destacou no início da pandemia de Covid-19, quando contribuiu para a estruturação do Hospital de Campanha em Brasília, que recebeu os 34 brasileiros repatriados da China. Atualmente, ela divide sua rotina militar com o trabalho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal, atuando no setor coronariano.

      A coronel Carla Lobo Loureiro, atual inspetora de Saúde da 12ª Região Militar, em Manaus, também possui uma carreira notável. Formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em otorrinolaringologia, Loureiro dedicou boa parte de sua carreira ao Comando de Aviação do Exército. Ela foi pioneira no comando de duas importantes organizações militares de saúde: o Hospital de Guarnição de Florianópolis (2019-2022) e o Hospital Militar de Área de Porto Alegre (HMAPA), onde atuou até dezembro de 2023.

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