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      Além de Lula, Moraes e Alckmin, José Dirceu era alvo do plano Punhal Verde Amarelo

      O planejamento dos bolsonaristas golpistas visava o assassinato de autoridades brasileiras

      (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de autoridades, concebido no núcleo da trama golpista articulada por militares aliados a Jair Bolsonaro (PL) em 2022, tinha como um de seus alvos o ex-ministro José Dirceu (PT), identificado pelo codinome “Juca”, segundo a Folha de S. Paulo.

      O plano idealizado pelo general da reserva Mario Fernandes previa a execução de figuras centrais da política brasileira. Além de Dirceu, eram citados como alvos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apelidado de “Jeca”, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), identificado como “Joca”. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes também figurava como prioridade, embora não recebesse codinome.

      Alvo por influência no governo Lula - A inclusão de Dirceu entre os alvos decorre da percepção do grupo golpista de que ele ainda exerceria forte influência sobre o governo Lula. Apesar de não participar de articulações diretas na atual gestão e manter distância institucional do Palácio do Planalto, o ex-ministro continuava sendo visto pelos militares como uma espécie de mentor político do presidente.

      No plano, Dirceu é descrito como a “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov [governo]”, e a justificativa para sua eliminação seria a expectativa de que “a sua neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical”. Ainda segundo o texto do general Mario Fernandes, seu assassinato não causaria "grande comoção nacional".

      Procurado pela Folha, Dirceu preferiu não comentar o assunto.

      Detalhes do plano e a tentativa de golpe - O plano previa métodos distintos de execução para cada figura. No caso de Lula, o “Jeca”, o general sugeria o uso de envenenamento, com o objetivo de provocar um “colapso orgânico”, citando a suposta vulnerabilidade de saúde do presidente eleito. A eliminação de Alckmin, por sua vez, era apontada como suficiente para extinguir a validade da chapa eleita.

      A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera Alexandre de Moraes o principal alvo da trama, embora ele não tenha sido designado por codinome. A PGR sustenta essa tese com base em elementos como o uso de celulares descartáveis e o monitoramento clandestino promovido por militares, compatíveis com o chamado plano “Copa 2022”, que também previa o assassinato do ministro do Supremo.

      Defesa do general e reação da PGR - O advogado Marcus Vinicius Figueiredo, que defende o general Mario Fernandes, declarou à Folha que ainda não teve o completo às provas e, por isso, não comentará o mérito da investigação. No julgamento da denúncia no STF, o defensor afirmou que o plano Punhal Verde Amarelo nunca foi compartilhado e que o general o manteve sob sigilo.

      A PGR contesta essa versão. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o plano não apenas foi redigido como chegou ao conhecimento de Jair Bolsonaro, então presidente da República, que teria “anuído” à proposta. Um dos indícios citados é o fato de Mario Fernandes ter impresso o documento apenas 40 minutos antes de visitar o Palácio da Alvorada em 9 de novembro de 2022.

      Apesar disso, o relatório final da Polícia Federal, embora indique que Bolsonaro teve ciência do plano, não registra manifestações do ex-presidente em apoio ou rejeição à proposta.

      STF transforma acusados em réus - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal acolheu a denúncia da PGR e transformou Mario Fernandes e outros cinco investigados em réus por tentativa de golpe de Estado. A trama, que incluía o assassinato de autoridades e a ruptura da ordem democrática, segue agora em fase de instrução penal.

      A revelação da inclusão de Dirceu na lista de alvos reforça a dimensão do plano arquitetado nos bastidores do poder no fim do governo Bolsonaro, revelando a gravidade das intenções de setores militares que atuaram para sabotar a transição democrática.

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