Adolescente suspeito de planejar ataque ao show de Lady Gaga é detido em SP
Jovem de 16 anos faz parte de grupo que disseminava discursos de ódio e incitava crimes contra adolescentes e o público LGBTQIA+
247 - Um adolescente de 16 anos, residente em São Vicente, litoral sul de São Paulo, é suspeito de integrar o grupo responsável pelo planejamento de um atentado a bomba contra o show de Lady Gaga, realizado na noite de sábado (3), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A tentativa de ataque foi frustrada por uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça, batizada de "Operação Fake Monster".
Segundo o Metrópoles, as investigações apontam que o grupo também estava envolvido na promoção de discursos de ódio e incentivava práticas criminosas contra crianças, adolescentes e a comunidade LGBTQIA+. A ação policial foi conduzida pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pela Polícia Civil, através do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em apoio à operação no Rio de Janeiro.
O adolescente, localizado no bairro Vila Jockey Clube, em São Vicente, itiu ser responsável por perfis em redes sociais que disseminavam mensagens de ódio, mas negou qualquer envolvimento no planejamento do atentado. Durante a operação, agentes apreenderam na residência do jovem um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. O suspeito foi liberado após a ação, na presença de seu pai, que acompanhou os procedimentos.
Ainda de acordo com a reportagem, além do cumprimento do mandado no município de São Vicente, outras apreensões ocorreram em Cotia e Vargem Grande Paulista, na região metropolitana de São Paulo, onde celulares, notebooks e videogames também foram confiscados.
A "Operação Fake Monster" revelou que o grupo criminoso planejava utilizar explosivos improvisados e coquetéis molotov como parte de um "desafio coletivo", com o intuito de ganhar notoriedade nas redes sociais. As investigações também apontaram tentativas de recrutar adolescentes para participação direta nos ataques. O plano foi classificado pelas autoridades como uma ameaça concreta à segurança pública e ao bem-estar dos frequentadores do evento.
A operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de diferentes estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Um dos principais alvos, identificado como líder do grupo, foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo.
As investigações apontaram ainda que os membros do grupo utilizavam plataformas digitais para radicalizar jovens, disseminar discursos extremistas e incentivar práticas ilegais como automutilação, pedofilia e terrorismo. O conteúdo era divulgado sob a forma de “desafios” e visava criar um senso de pertencimento entre jovens vulneráveis, algo já observado em fóruns radicais internacionais.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: