Seminários sobre mudanças climáticas reúnem estudantes, pescadores e gestores em cidades do Sul

247 - Com o objetivo de fortalecer a educação ambiental e preparar a sociedade para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), os seminários organizados pela Itaipu Binacional e pela Itaipu Parquetec já impactaram comunidades em 10 cidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul. A programação, conduzida pelo microbiologista e divulgador científico Atila Iamarino, segue até junho com encontros em mais 11 municípios da região. A informação é da assessoria da Itaipu Binacional.

Ao longo das últimas semanas, as palestras reuniram públicos diversos, como professores, estudantes, lideranças comunitárias, pescadores e gestores públicos. “É muito interessante ver a diversidade de públicos que participam dos seminários, desde comunidades e agricultores até representantes de prefeituras, professores universitários e estudantes”, afirmou Iamarino. “Tenho uma identificação especial com o público estudantil, que está em processo de formação e, por isso, mais aberto a refletir, aprender e se engajar com o conhecimento”, completou.

Os eventos fazem parte do Convênio de Governança Participativa para a Sustentabilidade, dentro do programa Itaipu Mais que Energia, por meio dos Núcleos de Cooperação Socioambiental. A ação está alinhada às diretrizes do Governo Federal para o enfrentamento da crise climática e aposta na participação cidadã para a construção de soluções ambientais sustentáveis.

“O que move uma usina hidrelétrica como a nossa é a água. Ela é a nossa principal matéria-prima. Por isso, a defesa do meio ambiente é uma missão fundamental para nós”, destacou Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. “Sem água e sem reservatórios, não há produção de energia. Diante disso, desenvolvemos políticas profundas de educação ambiental e preservação. E isso começa ouvindo a comunidade.”

Comunidades afetadas e engajadas

Em Guaratuba, no litoral paranaense, o seminário reuniu pescadores e maricultores interessados em entender os impactos das mudanças climáticas em sua atividade. A representante da Associação dos Pescadores e Armadores de Guaratuba e Região (Apagre), Renata Maia, destacou a relevância do evento. “A pesca artesanal e as mudanças climáticas têm uma relação muito próxima. Precisamos que haja esse cuidado com o ambiente para que a gente também possa continuar trabalhando e dando um futuro para as próximas gerações.”

Na cidade de São José dos Pinhais, o debate chegou às escolas públicas. A diretora da Escola Municipal Maria Leni de Bastos, Adriana da Silva, avaliou positivamente a atividade. “Nós, enquanto profissionais da educação, podemos conscientizar as crianças e criar com elas habilidades para que possam realizar atividades nas comunidades, como a reciclagem e o cuidado com o meio ambiente em geral”, disse.

União da Vitória, por sua vez, registrou um dos maiores públicos até agora, com mais de 400 pessoas, em sua maioria estudantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e de outras instituições. Segundo o diretor-geral do campus do IFPR, Deividson Okopnik, os temas discutidos dialogam com diversas áreas do conhecimento. “São várias as funções e as áreas que os nossos alunos podem estudar, e que são muito pertinentes e podem ser um diferencial tanto para eles quanto para o mundo.”

Próximos encontros

A jornada segue com novos encontros ainda em maio: Tibagi (20), Irati (21), Guarapuava (22) e Laranjeiras do Sul (23). Na semana seguinte, os seminários chegam a Santo Antônio da Platina (27), Cornélio Procópio (28), Londrina (29) e Apucarana (30). Já em junho, o ciclo se encerra com atividades em Campo Mourão (03), Pato Branco (04) e Assis Chateaubriand (05).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do site:
www.sympla.com.br/evento/seminario-de-mudancas-climaticas-e-cop-30/2901573