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      Refinaria da Petrobras transforma massa de eucalipto em combustível

      Unidade no RS se torna a primeira do país apta a produzir combustíveis com conteúdo celulósico, impulsionando inovação no setor de refino de petróleo

      Refinaria Riograndense, da Petrobras, localizada em Rio Grande (RS) (Foto: João Paulo Ceglinski/Petrobras)
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      247 - A Refinaria Riograndense (RPR), localizada em Rio Grande (RS), concluiu com sucesso um teste inovador de coprocessamento de bio-óleo, tornando-se a primeira refinaria do Brasil apta a produzir combustíveis com conteúdo celulósico. O ensaio utilizou 5% de óleo de pirólise de biomassa em conjunto com carga mineral, abrindo novas possibilidades para a transição energética no país. A iniciativa contou com tecnologia desenvolvida pela Petrobras e teve acompanhamento técnico especializado da estatal e da RPR.

      O teste, realizado na unidade de craqueamento catalítico (FCC) da refinaria, durou sete dias e foi finalizado em 17 de fevereiro. Durante o processo, foram feitas adaptações para permitir o processamento simultâneo do bio-óleo e do gasóleo de petróleo. O catalisador empregado, da linha ReNewFCC, foi produzido pela Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC S.A.), t venture entre a Petrobras e a Ketjen.

      O bio-óleo, um líquido escuro e viscoso, foi fornecido pela Vallourec Unidade Florestal e possui certificação internacional de sustentabilidade (ISCC). Obtido a partir da condensação de vapores da produção de carvão vegetal de eucalipto, ele representa uma alternativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor de refino. Durante o coprocessamento na FCC da RPR, o bio-óleo foi convertido em frações como gás combustível, GLP, gasolina e combustível marítimo com conteúdo renovável.

      Para a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, o avanço amplia as possibilidades do setor. “O recente teste representa um avanço significativo para o biorrefino global, pois pode viabilizar a transformação de madeira e de outros resíduos agroflorestais, amplamente disponíveis, em derivados típicos do refino de petróleo”, explica.

      O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, destaca que a iniciativa aproveita a infraestrutura existente. “O aspecto inovador desse novo desenvolvimento do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (CENPES) da Petrobras marca a introdução do bio-óleo em um ativo existente de refino, reduzindo a necessidade de investimentos adicionais e abrindo uma nova perspectiva na transição energética e geração de valor para a indústria brasileira.”

      Já o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, ressalta que a inovação reforça a posição do Brasil na agenda global de descarbonização. “Com a proximidade da COP 30, essa inovação reforça o protagonismo da Petrobras e do Brasil no cenário internacional, consolidando o papel da empresa na liderança da promoção de soluções tecnológicas para uma transição energética em nosso país.”

      O teste faz parte do Programa BioRefino da Petrobras, que prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão no Plano de Negócios 2025-29. A experiência também atende às exigências da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que regula projetos de inovação no setor.

      Além do coprocessamento com bio-óleo, a RPR já havia se destacado em 2023 ao se tornar a primeira refinaria do mundo a processar 100% de óleo vegetal em FCC, produzindo combustíveis e insumos químicos renováveis. A meta, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é consolidar a refinaria como referência mundial em biorrefino. “Em linha com nosso compromisso de liderar uma transição energética justa no Brasil, transformaremos a Refinaria Riograndense na primeira refinaria do mundo a fabricar produtos 100% renováveis. Ela será uma biorefinaria que produzirá combustíveis somente a partir de óleos vegetais.”

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