Programa Dignidade Menstrual atendeu mais de 2 milhões de brasileiras em um ano
Com distribuição de absorventes pelo Farmácia Popular, iniciativa combate a pobreza menstrual e reafirma direitos básicos
247 – Desde 17 de janeiro de 2023, o Programa Dignidade Menstrual beneficiou 2,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade ou baixa renda em todo o Brasil, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Gov. A iniciativa, que busca combater a pobreza menstrual, distribuiu mais de 240 milhões de absorventes em seu primeiro ano e contou com um investimento de R$ 119,7 milhões.
O programa, lançado pelo Decreto nº 11.432, de 8 de março de 2023, é uma parceria entre vários ministérios, incluindo Saúde, Educação, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Desde sua implementação, absorventes foram entregues em mais de 31 mil estabelecimentos credenciados ao Programa Farmácia Popular. "A ação reafirma nosso compromisso com a dignidade e cidadania, atendendo às necessidades de milhões de brasileiras que vivenciam situações de vulnerabilidade", destacou o Ministério da Saúde.
Impacto regional
Os estados do Nordeste foram os mais beneficiados, com destaque para a Bahia (278.431 pessoas atendidas), Ceará (245.195) e Pernambuco (234.194). Esses três estados concentraram juntos 34,5% do total de atendimentos registrados no Brasil. A primeira entrega de absorventes ocorreu em Jaboticabal, interior de São Paulo, mas o programa rapidamente alcançou cobertura nacional.
Além de distribuir absorventes, o programa também promoveu ações educativas para conscientizar a população sobre menstruação e combater estigmas associados ao tema. "A pobreza menstrual não é apenas uma questão de higiene, mas de saúde pública, autoestima e qualidade de vida", afirmam os organizadores.
Para ter direito aos absorventes gratuitos, é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e cumprir um dos critérios de elegibilidade: ter entre 10 e 49 anos e viver em situação de extrema vulnerabilidade social (renda mensal de até R$ 218 por pessoa), ser estudante de escola pública com renda familiar de até meio salário mínimo ou estar em situação de rua.
Os absorventes podem ser retirados em farmácias credenciadas ao Farmácia Popular mediante apresentação de autorização válida emitida pelo aplicativo Meu SUS Digital, além de documento de identidade com foto e F. Cada beneficiário tem direito a 40 unidades a cada 56 dias.
Educação e e técnico
Desde 2023, o Ministério da Saúde tem capacitado agentes públicos para tratar temas como a menarca (primeira menstruação), prevenção de infecções e doenças relacionadas, além do combate ao preconceito em torno da menstruação. A formação busca ampliar o impacto do programa, não apenas garantindo o a produtos, mas também promovendo mudanças culturais e sociais.
Como buscar ajuda
Para dificuldades de o, a população pode procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que oferecem e e orientação. Também estão disponíveis canais como o Disque Saúde 136, Centros de Referência da Assistência Social (Cras e Creas) e outros equipamentos públicos voltados ao atendimento de mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Com impacto direto na saúde e qualidade de vida, o Programa Dignidade Menstrual se consolida como uma política pública essencial para a garantia de direitos e a construção de uma sociedade mais justa.
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