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      Itaipu investe em ações ambientais e colhe mais água para gerar energia e apoiar agricultores

      Workshop Aisa mostra que práticas como terraceamento e plantio direto aumentam a infiltração da água e fortalecem a resiliência no campo

      Itaipu Binacional (Foto: Reprodução/Itaipu Binacional )
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Os investimentos em ações socioambientais realizados pela Itaipu Binacional estão trazendo retornos concretos para a própria usina e para os produtores rurais da região do reservatório. Segundo reportagem publicada pela Itaipu Binacional, práticas como terraceamento agrícola, diversificação de culturas e plantio direto têm proporcionado maior infiltração de água no solo, o que se traduz em mais disponibilidade hídrica para a geração de energia e também mais resiliência nas lavouras frente às mudanças climáticas.

      Essas iniciativas fazem parte do programa Ação Integrada de Solo e Água (Aisa), cujos resultados parciais foram apresentados durante o II Workshop Aisa, realizado nos dias 8 e 9 de abril, na sede da usina, em Foz do Iguaçu. A ação é fruto de uma parceria entre a Itaipu – por meio do programa Itaipu Mais que Energia – e instituições como IDR-Paraná, Embrapa, Esalq/USP e Faped.

      “Estamos falando de pesquisas, de dados científicos que fundamentam os investimentos feitos pela Itaipu na bacia hidrográfica”, afirmou Hudson Lissoni Leonardo, idealizador e gestor do Aisa pela binacional. “O sistema que disponibiliza mais água para o setor agropecuário, disponibiliza também mais água para a geração de energia na Itaipu.”

      Uma das principais ações apoiadas pela empresa é a construção de terraços agrícolas. Segundo a Itaipu, 23 milhões de metros lineares, ou 116 mil hectares, já foram beneficiados com essa técnica, que, combinada ao plantio direto e à rotação de culturas, promove o acúmulo de matéria orgânica e reduz a perda de nutrientes e solo, mesmo diante de chuvas intensas. Esses ganhos resultam em menor evaporação da água e mais estabilidade para a produção agrícola.

      Pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) trouxeram ao workshop os resultados de estudos realizados em bacias hidrográficas dos municípios de Cambé e Toledo. “Nesses tempos de mudança climática, de aumento das intensidades de chuva, nós estamos percebendo uma fragilidade muito grande da superfície dos solos”, alertou o pesquisador José Francirlei de Oliveira. “Precisamos atuar em três eixos: produção da água pelos terraços, proteção da cobertura do solo e melhoria da infiltração.”

      Já Graziela Moraes de Cesare Barbosa, também do IDR-Paraná, chamou a atenção para o abandono de técnicas conservacionistas por alguns produtores. “Há regiões no Paraná que, diferentemente aqui do Oeste, não têm terraço algum e o produtor está tendo perdas”, afirmou. “Ele precisa pensar além da safra. Planejar para no mínimo três anos. Isso vai trazer mais rentabilidade.”

      A saúde do solo também foi tema das discussões, com destaque para a apresentação do microbiologista Arnaldo Colozzi Filho. Segundo ele, o uso de resíduos orgânicos como dejeto líquido suíno, cama de aviário e palhada tem efeitos benéficos sobre a biologia do solo. No entanto, alertou para a necessidade de associar essas práticas à boa infiltração da água. “Esse escorrimento superficial da área agrícola leva solo, fertilizantes, produtos químicos, biocidas… Isso reflete até nas cidades, porque o custo do tratamento da água fica mais caro.”

      Outro estudo apresentado foi o da Embrapa Soja, que relaciona a diversificação de culturas à mitigação das emissões de gases de efeito estufa. “Quando você tem um sistema mais diversificado de produção, você está aportando mais palha e mais raiz”, explicou o pesquisador Henrique Dibiasi, coordenador do programa Soja de Baixo Carbono. “O principal componente da matéria orgânica do solo é o carbono, que é retirado da atmosfera.”

      Para o engenheiro agrônomo da Coopavel, Rodrigo Bergo da Silva, as técnicas têm tido ampla adesão entre os cooperados. “Temos incentivado bastante a utilização de plantas de cobertura nas janelas de plantio, e a adoção de outras técnicas como a utilização de milho consorciado com braquiária, rotação de cultura e o uso de bioinsumos”, relatou. “Quem adota, vê os benefícios e repete na safra seguinte.”

      Com o apoio técnico e científico dessas iniciativas, a Itaipu reforça seu papel não apenas como geradora de energia, mas também como promotora da sustentabilidade no campo. Ao proteger o solo e a água, a empresa contribui para uma agricultura mais resiliente e para a segurança hídrica da região.

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