Gerdau investe em energia renovável e amplia autoprodução para reduzir custos
Empresa já obtém 52% da energia de fontes limpas e quer alcançar 80% até 2031, combinando parques solares, hidrelétricas e novas aquisições no setor
247 - A Gerdau, uma das maiores empresas consumidoras de energia do Brasil, está ampliando sua presença no setor de energia renovável para reduzir custos e tornar sua operação mais sustentável. Segundo informações publicadas originalmente pelo Valor Econômico, a companhia investiu mais de R$ 3 bilhões nos últimos 12 meses na construção de parques solares e na aquisição de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A meta da empresa é que, até 2031, 80% da energia utilizada em suas operações seja de origem renovável.
“Nosso investimento em ativos de energia renovável está alinhado à estratégia da Gerdau de gerar maior competitividade no custo dos negócios, aumentando a autoprodução de energia limpa”, afirma Gustavo Werneck, CEO da companhia. Em janeiro, a empresa adquiriu duas hidrelétricas da Atiaia Energia no Mato Grosso por R$ 440 milhões, garantindo um suprimento de energia equivalente a 8% de seu consumo no Brasil. Além disso, inaugurou o parque solar Arinos, em Minas Gerais, que exigiu um aporte de R$ 1,5 bilhão e pode gerar até 420 megawatt-pico (MWp).
A estratégia de autoprodução também se justifica pelo impacto financeiro. “Quando falo que ela é competitiva, quero dizer também que ela é mais barata. A energia limpa produzida por nós custa 30% menos”, explica Flávia Souza, diretora global de energia e suprimentos da Gerdau. Segundo a executiva, a empresa seguirá investindo em novas aquisições e diversificando suas fontes energéticas, com foco em hidrelétricas e parques eólicos.
Além da autoprodução, a Gerdau aumentou sua participação na Newave Energia, t-venture criada com a Newave Capital para atuar no setor elétrico. Com 40% de participação na empresa, a siderúrgica terá uma fatia maior da energia gerada pelo futuro parque solar Barro Alto, em Goiás, que entrará em operação em 2025 com capacidade de 452 MWp. “A Gerdau Next, sim, tem interesse, via sua participação na Newave, em fazer a comercialização de energia”, afirma Souza.
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