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      Conferência do Meio Ambiente reúne mais de 2 mil municípios e marca retomada da participação social

      Evento em Brasília debate emergência climática e prepara o Brasil para sediar a COP30 com propostas da sociedade civil para a nova política climática

      Marina Silva e Geraldo Alckmin (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA) foi aberta nesta terça-feira (6), em Brasília, após um hiato de mais de uma década. Com o tema “Emergência Climática e o Desafio da Transformação Ecológica”, o evento se estende até sexta-feira (9) e é considerado estratégico para o Brasil, que se prepara para sediar a COP30 neste ano.

      A conferência reúne representantes de 2.570 municípios e simboliza a reativação de um instrumento fundamental de participação popular nas decisões ambientais. O processo de construção da 5ª CNMA envolveu 439 conferências municipais, 179 intermunicipais e 287 conferências livres. Desse amplo processo emergiram 2.635 propostas formuladas por cidadãos e entidades da sociedade civil, que agora alimentam a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e a elaboração do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima), com diretrizes até 2035.

      Avanços no combate ao desmatamento - Presente na cerimônia de abertura, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), enfatizou a contribuição do governo Lula (PT) na redução do desmatamento em todos os principais biomas brasileiros desde 2023. “Nós temos a maior floresta tropical do mundo, então precisamos preservar. Quero destacar a aprovação da lei do mercado regulado de carbono, para a gente estimular a preservação ambiental”, afirmou.

      Alckmin também destacou que “um hectare de mata derrubada e queimada emite 300 toneladas de carbono” e ressaltou que o Brasil se comprometeu com a redução entre 59% e 67% das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2035, em relação aos níveis de 2005. Após a cerimônia, o vice-presidente assumiu a Presidência da República em exercício, enquanto o presidente Lula cumpre agendas internacionais na Rússia e na China.

      Diversidade e protagonismo social - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforçou que o evento é expressão concreta da mobilização social na formulação de políticas públicas. “Essa conferência é uma demonstração de que a mobilização da sociedade é fundamental na formulação e na implementação das políticas públicas”, declarou. Ela ressaltou que a diversidade foi um critério essencial na escolha dos delegados: “temos cerca de 56% de mulheres delegadas, 64% são pessoas pretas e temos um terço de pessoas indígenas e de populações tradicionais de um modo geral”.

      Marina lembrou que a CNMA integra um conjunto de medidas ambientais do governo federal. “Com alegria, vejo o presidente Lula dizendo que vamos alcançar desmatamento zero até 2030 e que vamos conseguir realizar a COP30 liderando pelo exemplo”, disse. E completou: “para liderar pelo exemplo, vamos enfrentar muitos dos nossos problemas e contradições, mas estamos comprometidos em fazer a transição energética e a transição ecológica”.

      Propostas concretas para o futuro climático - Durante os quatro dias da conferência, os delegados debaterão 100 propostas finais distribuídas em cinco eixos principais: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental. Segundo Marina Silva, “teremos 50 grupos simultâneos fazendo a discussão. Nesses grupos, você já vai ter processos de afunilamento até chegar à plenária com 20 propostas de cada eixo: 100 propostas. É um acervo de ideias para qualquer gestor público”.

      A metodologia participativa da CNMA visa garantir que as soluções ambientais tenham raízes no território e no cotidiano das populações mais afetadas pelos efeitos da mudança do clima.

      Relevância histórica e desafios urgentes - Na avaliação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a 5ª CNMA representa a retomada do protagonismo da sociedade nas decisões nacionais. “Às vezes, estamos escrevendo um capítulo importante da história e não nos damos conta. Quando a história se distancia e bota a luz sobre o que fizemos, a gente observa o quão importante foi a construção que fizemos. Isso aqui é exemplo disso. É a retomada da participação social no nosso país”, disse.

      A conferência ocorre num momento crítico, em que os impactos das mudanças climáticas já se manifestam com força no Brasil, como nas enchentes no Rio Grande do Sul, ondas de calor em diversas regiões e aumento dos incêndios florestais.

      Rumo à COP30 - Além de consolidar uma agenda ambiental estruturada internamente, a CNMA prepara o terreno para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). As propostas e deliberações extraídas desta edição fortalecerão o papel do Brasil como líder global no enfrentamento à crise climática, contribuindo para uma economia de baixo carbono e para o alcance da meta de desmatamento zero até 2030.

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