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      Ação humana é a maior ameaça ao futuro do Pantanal, aponta instituto

      Segundo o biólogo Gustavo Figueiroa, diretor do Instituto SOS Pantanal, pantanal nos últimos 40 anos perdeu mais de 29% de sua superfície de água devido ao desmatamento pelo homem

      Incêndios no Pantanal já atingem mais de 600 mil hectares em 2024 (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

      Beatriz Bevilaqua, 247 - Até o momento, a região do pantanal queimada equivale a 627 mil hectares, de acordo com um relatório feito pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Neste episódio, o biólogo Gustavo Figueiroa, diretor do Instituto SOS Pantanal, esclareceu dúvidas sobre a região.

      “O pantanal desde 2020 está ando por grandes ondas de incêndio. Desta vez, grande parte dos focos surgiram na beira do rio Paraguai e desceram para a região de Corumbá, que naturalmente é um corredor de fogo, pois são áreas que acumulam muita água na época de cheia e como o pantanal está secando, tem muita matéria orgânica para queimar. A situação é muito crítica, mas está concentrada desta vez”, disse Gustavo.

      O Instituto SOS Pantanal atua na conservação do pantanal, promovendo o aprimoramento de políticas públicas, a divulgação de conhecimento e o desenvolvimento de projetos para o uso sustentável do bioma. O objetivo é fomentar as transformações necessárias por meio da ciência e do diálogo com os diversos setores da sociedade civil e poder público. “Os maiores desafios são a ocupação humana, pois há pouco manejo integrado do fogo e educação ambiental. É muito cultural usar o fogo por aqui para tudo - o fazendeiro que usa para limpar o pasto, a coleta do mel e de iscas, a queima do lixo e muitos destes são causadores de focos de incêndio”, explicou Gustavo. 

      O especialista avaliou que as respostas do governo federal e estadual foram mais rápidas que das últimas vezes, mas é preciso focar na prevenção, desde o manejo integrado do fogo até a educação ambiental para as pessoas que moram nas regiões. 

      “Eu vejo com muita preocupação o futuro não somente do pantanal, mas do planeta como um todo. Estamos vendo as mudanças climáticas trazendo efeitos catastróficos por toda parte, como o excesso de chuva no sul e a falta dela no centro oeste - nunca tivemos uma situação desta magnitude e intensidade. O pantanal nos últimos 40 anos perdeu mais de 29% de sua superfície de água devido o desmatamento e a degradação do homem. A cada ano a região está cada vez mais seca e essa situação ameaça todo berço da biodiversidade do pantanal”, alertou.

      Assista à entrevista na íntegra:

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