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      João Lister

      Advogado, graduado pelo UNIUBE – Universidade de Uberaba, Pós Graduado MBA, em Direito Empresarial pela FGV

      11 artigos

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      Sororidade, que a luta continue!

      Juntas, as mulheres podem transformar a realidade e moldar um mundo onde a igualdade de gênero não seja apenas uma aspiração utópica, mas uma vivência cotidiana

      Mulheres jovens negras (Foto: Tânia Rego/ABr)

      A luta das mulheres por igualdade política, econômica, social e acadêmica é um dos movimentos mais significativos e transformadores da história moderna. Esta busca incessante por justiça e equidade é marcada por conquistas notáveis, desafios persistentes e um compromisso implacável com a mudança social.

      No final do século XIX e início do século XX, o movimento sufragista impeliu as mulheres a se mobilizarem por seus direitos políticos, resultando em importantes vitórias, como o direito ao voto em muitos países ocidentais. Alguém emblemático desse movimento foi Annie Kenney, que liderou ações diretas para garantir que as vozes das mulheres fossem ouvidas.

      Durante o século XX, os movimentos feministas da segunda onda, geralmente datados das décadas de 1960 e 1970, centraram-se em igualdade de oportunidades no local de trabalho, educação e liberdade reprodutiva. Esse período foi marcado por figuras icônicas, como Simone de Beauvoir, cujo trabalho "O Segundo Sexo" desafiou as normas de gênero e lançou as bases para a teoria feminista moderna.

      No século XXI, a luta das mulheres pela igualdade continua a evoluir e se expandir para novos terrenos. O movimento #MeToo, iniciado em 2017, destacou a prevalência do abuso sexual e da discriminação no local de trabalho, exigindo responsabilidade e proteção reforçada para as mulheres. Além disso, as mulheres agora estão na vanguarda das conversas globais sobre mudança climática, justiça social e direitos humanos.

      Do ponto de vista econômico, a busca por igualdade de gênero no mercado de trabalho é uma questão central. As mulheres enfrentam a necessidade de romper o teto de vidro em setores tradicionalmente dominados por homens e lutar contra a disparidade salarial significativa que ainda persiste.

      Na área acadêmica, as mulheres fizeram avanços significativos, representando uma maior porcentagem das matrículas universitárias em muitos países. No entanto, persistem desafios na obtenção de igualdade em campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), assim como em posições acadêmicas sêniores.

      A competição por equidade não é apenas uma questão de justiça para as mulheres, mas um imperativo social mais amplo. Estudos demonstram que a igualdade de gênero é correlacionada com melhorias em indicadores sociais e econômicos gerais. Portanto, a luta das mulheres por seus direitos não é apenas uma busca por reconhecimento, mas uma batalha fundamental para o progresso e a sustentabilidade de uma sociedade mais justa e equitativa.

      A luta pela igualdade de gênero é uma causa global que transcende fronteiras e culturas. Ainda que longínquas sejam as raízes dessa batalha, a determinação feminina em conquistar seu espaço continua a ser um farol de esperança e progresso. O reconhecimento deferente das contribuições das mulheres ao longo da história e nos dias atuais é um o vital em direção a uma sociedade verdadeiramente equitativa.

      No campo do emprego, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) relata que as mulheres continuam a ser amplamente sub-representadas em posições de liderança. Globalmente, cerca de 27% das funções de liderança são ocupadas por mulheres, um indicador que revela a persistência do teto de vidro. Nos setores estratégicos, como tecnologia, engenharia e finanças,a desigualdade é ainda mais pronunciada. Por exemplo, dados de 2021 mostraram que as mulheres representavam apenas cerca de 16% dos profissionais em campos de tecnologia da informação.

      Além da sub-representação, as disparidades salariais entre homens e mulheres continuam a ser uma questão premente. Em muitos países, as mulheres ganham cerca de 77 centavos para cada dólar ganho por homens em funções equivalentes. Essa diferença se torna ainda mais acentuada entre grupos de mulheres com raça e etnia diversas, refletindo interseccionalidades que aprofundam a desigualdade.

      No âmbito político, as mulheres também estão sub-representadas. Apesar de uma crescente presença em parlamentos ao redor do mundo, a média global de representação feminina em cargos legislativos é de cerca de 26,1% (dados de 2023). Quando se trata de posições executivas, como chefes de Estado ou de governo, o número é ainda mais baixo. Mulheres atuam como chefes de governo em apenas 14 países.

      A luta das mulheres por igualdade política, econômica e social é, de fato, uma batalha que se trava a cada dia em diversas frentes. Embora existam avanços, muitas das conquistas históricas foram alcançadas por meio de esforços incessantes das mulheres, que se organizaram e se mobilizaram em busca de seus direitos. No entanto, ainda estamos longe de um estado de verdadeira justiça.

      A sociedade masculina tem demonstrado uma resistência à mudança que perpetua as desigualdades. A indiferença ou a falta de vontade de colaborar para a igualdade feminina refletem estruturas de poder enraizadas que precisam ser desafiadas continuamente. É essencial reconhecer que as vitórias não serão concedidas, mas sim conquistadas por meio da persistência e da mobilização ativa.

      Continuar essa luta com determinação e coragem é um imperativo ao feminino. Cada o dado em direção à igualdade é um o em direção a um futuro mais justo. A resistência e a união são fundamentais para derrubar as barreiras que ainda se impõem. Juntas, as mulheres têm o poder de transformar a realidade e moldar um mundo onde a igualdade de gênero não seja apenas uma aspiração utópica, mas uma vivência cotidiana. Persistir sempre, para refundar o Mundo, como única solução possível.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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