Século XXI - Novos tempos!

Chegando ao primeiro quarto do século XXI, o mundo já mudou muito mais do que até os otimistas – como eu – esperavam.

Quem diria que chegaríamos ao declínio do império norte-americano? Quem diria que, apesar de continuar a ser a maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos já não seriam mais a maior potência tecnológica do mundo?

Quem diria que a Europa, depois de ter projetado uma visão eurocêntrica do mundo, tenha entrado em franca decadência, penetrada pela extrema direita? Quem diria que não seria o Japão, mas a China, a maior potência da Ásia?

Quem diria que o século seria marcado pela perda de hegemonia mundial dos Estados Unidos, depois de terem terminado o século ado como a maior potência mundial? Quem diria que a ilusão de ser a única potência hegemônica mundial – repetindo o fenômeno da Inglaterra em grande parte do século XIX – seria tão ageira?

Quem diria que o maior fenômeno do século XXI seriam os BRICS? Que o grande pesadelo do Ocidente, a aliança entre a Rússia e a China, se daria? Quem diria que à força militar e política da Rússia e à força econômica da China se somaria o Brasil, com a projeção do Lula como o grande estadista do novo século?

Quem diria que a América Latina aria a ser o continente politicamente mais importante do novo século, por ser a única região com governos antineoliberais?

Quem diria que a China, depois de ter sido massacrada com a introdução do consumo do ópio pela Inglaterra, se recuperaria espetacularmente e se transformaria no país mais importante do mundo no século XXI?

Quem diria que no novo século a polarização se daria entre o império declinante dos Estados Unidos e a ascensão dos BRICS? Quem diria que a maior potência tecnológica do mundo aria a ser a China?