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      William De Lucca

      Jornalista e especialista em marketing digital. Atualmente, é ativista digital, lgbt e de direitos humanos, coordena o marketing do Sindicato dos Bancários de SP, apresenta o programa Estúdio Diversidade, na TV 247, e escreve sobre diversidade no site Brasil 247

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      Quando o antipetismo acabar, só sobrará em Bolsonaro a estupidez

      Em breve, o brasileiro desempregado vai cobrar emprego, a mãe que não tem creche para deixar seu filho vai querer uma vaga na educação infantil, o pai que perde o filho para a violência urbana vai querer ver melhora na segurança pública. O estudante vai sentir que a educação não melhorou, o motorista vai ver o trânsito engarrafado, o trabalhador vai ver o salário encolher. E aí, o que Bolsonaro fará?

      Quando o antipetismo acabar, só sobrará em Bolsonaro a estupidez (Foto: Agência Brasil)

      Uma coisa ficou clara nos primeiros dias de presidência de Jair Bolsonaro: ele não tem a menor intenção de descer do palanque. Desde que assumiu o mandato, em 1º de janeiro, o presidente continua agindo como sempre fez durante sua carreira política e, em especial, durante as eleições que o sagraram mandatário do país.

      Ele, aliado com sua tropa familiar armada de tuites, continua disparando informações falsas, atacando adversários políticos, alimentando teorias conspiratórias amalucadas, criticando o livre exercício da imprensa e caçando inimigos imaginários. Ou seja, fazendo qualquer coisa que não seja governar o país e propor soluções para os problemas graves e históricos que nosso país apresenta.

      Por enquanto, está dando certo. O país parece entorpecido depois de um processo eleitoral comandado pela gritaria das fake news enviadas pelas redes sociais, em uma campanha marcada pelo ódio a um grupo partidário e ideológico. Sem debates no segundo turno, não houve comparação de projetos ou de visões de mundo, mas só a confirmação da vitória do antipetismo e do combate ao “marxismo cultural”, seja lá o que signifique.

      Talvez, para parte de seus eleitores, esse discurso seja suficiente até o fim do mandato. Basta um tuite chamando o seu adversário na disputa eleitoral de marmita de bandido, outro dizendo que o comunismo é uma ideologia da morte e mais um fazendo “arminha com a mão” e seu séquito estará saciado.

      Mas, e para o resto dos brasileiros? E para o trabalhador pobre, decepcionado com as denúncias de corrupção envolvendo os partidos que ele sempre votou, e que o fizeram apostar na “alternativa radical”? E para o eleitor de classe média que se contaminou com o antipetismo, mas que nem de perto é fascista e simpatizante do totalitarismo? Até onde o discurso contra o Partido dos Trabalhadores, as demais legendas do campo progressista e as ideologias de esquerda serão suficientes para que estas pessoas sigam sustentando o governo?

      Eu apostaria que o gás não dura muito, porque para além das mensagens do Whatsapp e dos posts no Twitter, porque a vida é real e de viés, e os problemas não se resolvem com antipetismo.

      Em breve, o brasileiro desempregado vai cobrar emprego, a mãe que não tem creche para deixar seu filho vai querer uma vaga na educação infantil, o pai que perde o filho para a violência urbana vai querer ver melhora na segurança pública. O estudante vai sentir que a educação não melhorou, o motorista vai ver o trânsito engarrafado, o trabalhador vai ver o salário encolher. Quando a fome aperta, a pauta ideológica e de costumes perde força. E é aí que o bicho pega.

      O que Bolsonaro fará quando seu estado de saúde não for mais uma justificativa para não falar com a imprensa? O que ele fará quando estiver a um, dois anos no governo e não tiver apontado caminhos para os problemas do país? Que medidas tomará quando a corrupção eclodir ainda mais no seio de sua gestão (ou família)?

      Quando não houver mais antipetismo, Bolsonaro não terá como esconder que deu um o maior que a perna. Não vai ter coro de “mito” que consiga superar o silêncio gritante da estupidez presidencial.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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