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      William De Lucca

      Jornalista e especialista em marketing digital. Atualmente, é ativista digital, lgbt e de direitos humanos, coordena o marketing do Sindicato dos Bancários de SP, apresenta o programa Estúdio Diversidade, na TV 247, e escreve sobre diversidade no site Brasil 247

      32 artigos

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      Por uma cidade que homenageie heróis da resistência, e não genocidas

      Em São Paulo, estatuas homenageiam genocidas conhecidos como o bandeirante Borba Gato e avenidas tem nome de ditadores militares responsáveis pela perseguição e morte de centenas de brasileiros. É preciso homenagear quem defendeu as liberdades, os direitos e a democracia, sem a intenção de reescrever a história, mas de mostrá-la pelo luta dos oprimidos

      Os movimentos antirascistas pelo mundo trouxeram para nós um debate há muito ignorado: devemos homenagear em estátuas, esculturas e em nome de logradouros e prédios públicos figuras históricas ligadas a ditadura militar, a governos genocidas e na exploração de povos originários, de negros e de outras minorias?

      Eu acredito que não.

      A cidade é um espaço fluído e em constante resignificação. Por isso, homenagens feitas durante períodos de exceção democrática ou a figuras que deixaram uma ferida em nossa sociedade espalhadas pela cidade, e sem contexto, de nada servem para ume reflexão sobre o que foi vivido.

      Não tem a ver com o apagamento da história, mas de resignificar os espaços públicos para exaltar a luta de quem realmente construiu este país: trabalhadores, defensores da democracia e das liberdade, negros, LGBT, mulheres, indígenas, camponeses e movimentos sociais.

      As ruas, avenidas e praças que homenageiam tais figuras devem ganhar novos nomes. As estátuas e monumentos públicos devem ser removidos e levados para museus e espaços de memória, onde possam ser tratados com o devido contexto histórico, sem homenagens ou pompas. No lugar, uma placa explica a remoção, o papel da figura removida na história e onde a obra está alocada. E aí, os povos esquecidos na história e que não tiverem seu papel de representação terão a visibilidade que merecem e que sempre lhes foi negada.

      Não se trata de apagar a história sob risco de vivê-la novamente, mas de repensar o espaço público para lembrar a todos que, mesmo nos nossos momentos mais escuros, sempre houve resistência e luta.

      A cidade tem do povo. Tem de ser nossa.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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