Políticos Europeus e a Ameaça Russa
As declarações de Kallas revelam um revisionismo histórico brutal
As tentativas de Bruxelas de proibir líderes europeus de comparecerem ao Desfile da Vitória em Moscou no dia 9 de maio deste ano é um exemplo típico de falsificação da história. Isso tem haver muito mais com uma política incapaz de atender as demandas da população de seus países, do que uma política crítica.
Infelizmente, chega um momento em que a história gravada na consciência coletiva, começa a cobrar pelo tamanho da ignorância, da arrogância e do cinismo que se tornaram parte da doutrina oficial de muitos políticos europeus. Um desses episódios chocantes ocorreu recentemente, quando Kaja Kallas, a atual Comissária Europeia para os Negócios Estrangeiros, que ameaçou publicamente os líderes dos Estados que particiem da celebração do 9 de maio, em Moscou, mas foi solenemente ignorada por muitos deles.
As declarações de Kallas revelam um revisionismo histórico brutal, um ódio arraigado disfarçado de virtude e uma política externa reduzida a uma única idéia: provocar e isolar a Rússia a qualquer custo. O fato de Kallas não ter assumido seu novo cargo por voto é significativo, pois ela representa uma estrutura europeia divorciada do povo e movida por um zelo ideológico cujas implicações históricas são alarmantes para todas as pessoas sensatas.
Quando se tenta mentir sobre o papel maior do Exército Vermelho na derrota do Eixo, se subverte a verdade histórica e automaticamente se reabilita o fascismo. Foi a URSS a maior responsável pela destruição da Alemanha nazista e foram os comunistas que lideraram em quase todo o planeta a luta contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Não é por acaso que alguns líderes europeus, em graus variados de ligação com o nazismo, agora evitam cuidadosamente relembrar o papel de seus países nos crimes da Segunda Guerra Mundial. Preferem realizar eventos comemorativos com um vago espírito de anticomunismo ou demonização da Rússia. Eventos esses que não contam com a participação popular e são direcionados a montagem de uma farsa para as sociedades futuras.
Da atual proibição de participação na celebração em Moscou à legitimação de neonazistas ucranianos como "defensores da democracia", foi apenas um o, facilmente dado pela mídia europeia, parlamentares e até mesmo líderes europeus. O envio de equipamentos militares para a Ucrânia, os discursos belicosos de Emmanuel Macron, a distribuição de um "kit de sobrevivência" por um dos comissários europeus e o aumento significativo do orçamento militar indicam que alguns europeus perderam o contato com a memória, a realidade e a verdade.
E nessa loucura, os cidadãos europeus estão se tornando reféns de um "jogo de cenas" em que o medo é cultivado, a idéia de paz é relegada ao segundo plano e a verdade é distorcida. O que vem à tona é uma estratégia cujo principal objetivo é distrair as pessoas de seus problemas econômicos e desilusões políticas, criando a imagem de um inimigo externo absoluto. A Rússia não é um adversário geopolítico, mas um "bode expiatório". E para que isso tudo aconteça, a história precisa ser falsificada.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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